Terça, 11 de setembro de 2018


(1Cor 6,1-11; Sl 149; Lc 6,12-19) 
23ª Semana do Tempo Comum.

“Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos” Lc 6,12-13.

“Iniciando sua carreira como um rabi ou mestre na idade habitual de 30 anos. Jesus começou a recrutar discípulos. Todos os rabis de seu tempo faziam isso. No entanto, doze dos escolhidos por Jesus foram chamados a desempenhar papéis especiais e convidados para uma intimidade especial. Durante os três anos seguintes, Jesus passaria a maior parte de seu tempo preparando esses doze homens. A visão-mestra seria gradualmente apresentada a eles na pessoa e no ensinamento de Jesus. Ao falar sobre, o Senhor usava com frequência uma forma literária que começava com ‘Bem-aventurados (felizes) são os que...’. Damos-lhes o nome de bem-aventuranças porque a palavra latina beatus significa ‘feliz’. Essas bem-aventuranças eram e são a fórmula de Jesus para a verdadeira felicidade e para uma vida plena. Requerem um entrega absoluta em termo de fé. ‘Bem- aventurada (feliz) é a pessoa que tem fé em mim!’ (ver Lc 7,23). Muitas das antigas atitudes desses doze homens foram contestadas por essas novas bem-aventuranças. Na verdade, parece que Jesus está lhes dizendo que aquilo a que dedicaram a vida não valia a pena, e que as coisas que pensavam que os tornaria felizes eram ilusões vazias que só os decepcionariam. Muitas vezes, seus ensinamentos pareciam fazer exigências quase impossíveis de realizar. Certa vez pensei que os doze apóstolos não eram muito brilhantes, que lhes faltava discernimento ou inteligência para aprender as lições de seu Mestre. Contei dezessete passagens dos Evangelhos em que Jesus lhes pergunta: ‘Ainda lhes falta compreensão?’ Em nossa linguagem cotidiana, provavelmente traduziríamos essa frase por ‘Não pescou nada, não é?’ Pensei essas coisas certas vez, mas não penso mais. Agora sei que o verdadeiro desafio de Jesus não era uma questão de Inteligência, e sim, em última instância, um desafio de renunciar a uma visão antiga e aceitar outra nova. Era uma questão de fé radical e confiança profunda” (John Poweel – As Estações do Coração – Loyola).   

 Pe. João Bosco Vieira Leite