(1Cor 12,31—13,13; Sl 32[33]; Lc 7,31-35)
24ª Semana do Tempo
Comum.
“Pois veio João
batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: ‘Ele está com um
demônio!’ Veio o Filho do homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘Ele é um
comilão e beberão, amigos dos publicanos e pecadores!’” Lc 7,33-34.
“Sempre haverá quem nos
criticará e condenará. Porque, conforme o ditado popular: ‘cada cabeça, uma
sentença’. Pobre de quem viver querendo corresponder a todas as expectativas
alheias! Fica como uma corda bamba, pisando em ovos, dilacerando a si próprio,
abrindo mão de seus desejos, de seus sonhos, de seus valores, para, mais tarde,
depois de morto por dentro, descobrir que, ainda assim, dedos maldosos são
apontados para si, com alguma espécie de condenação. O importante é que vivamos
de acordo com a nossa consciência e respeitando o nosso semelhante. Respeitar
não significa ser como ele, ou fazer como ele. Respeitar é aceitar e acolher o
outro como ele é e como ele pensa. Para nossa felicidade e para nosso
equilíbrio emocional, é importantíssimo que nos guiemos por nossa própria
cabeça e pelos conselhos, cheios de sabedoria, que nos deixou o Senhor, seus
profetas e seus apóstolos. Devemos estar muito ocupados com nosso
desenvolvimento moral, intelectual, espiritual, de tal forma, que não nos sobre
tempo para repararmos no comportamento dos outros ou no que dizem a nosso
respeito. Há um pequeno detalhe que nos chama a atenção neste versículo de
Lucas: o povo comentava que Jesus andava com os pecadores. Que bom! Pecadores
somos todos nós, não? Que bom saber que ele estará sempre conosco, pois somos
nós, os pecadores, que mais precisamos de sua bondade, de sua solicitude, de
seu perdão” – Jesus, Mestre amigo, ensinai-nos a reconhecer a
possibilidade de erro em nós e em nossos irmãos, sem jamais condená-los. Que
possamos, apenas, com amor, procurar repará-los e ajudar os outros a fazê-lo.
Amém. (Maria Luiza Silveira Teles – Graças a Deus (1995)
– Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite