Sexta, 21 de setembro de 2018


(Ef 4,1-7.11-13; Sl 18[19A]; Mt 9,9-13) 
São Mateus. Apóstolo e evangelista.

“Jesus viu um homem, chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos e disse-lhe: ‘Segue-me!’ Ele se levantou e seguiu Jesus” Mt 9,9.

“’Não ajunteis para vós tesouros na terra...’ Eis as palavras de Jesus que se leem no evangelho de Mateus. E tal advertência deve tê-lo tocado de modo particular. Era, com efeito, coletor de impostos em Cafarnaum antes de unir-se aos outros apóstolos. Respondeu com entusiasmo ao chamado do Mestre. ‘Levi’ – Lucas chama-o por seu velho nome – ‘ofereceu-lhe então uma grande festa em sua casa, e com ele estava à mesa numerosa multidão de publicanos e outras pessoas’. Uma festa, portanto, de adeus aos amigos de um tempo, usurários e agiotas, para seguir o Mestre, de cujo ensino fizera corajosamente tesouro. ‘Não podeis servir a Deus e ao dinheiro’, ‘Mateus, o publicano...’: o evangelista repete várias vezes esse apelativo, ‘para demonstrar aos leitores’, escreve são Jerônimo, ‘que ninguém deve se desesperar da salvação, quando se converte a uma vida melhor’. E são Pedro Crisólogo comenta: ‘Aquele que tirava o dinheiro das pessoas, tornou-se dispensador da graça. Aquele que se tinha formado na escola da impiedade, tornou-se mestre de piedade humana; o mestre da cupidez transformou-se no doutro de misericórdia’. Depois do episódio da vocação de Levi-Mateus, não se tem notícia outra notícia direta sobre este apóstolo. Parece que depois de Pentecostes não compareceu diante dos juízes nem deu testemunho de Cristo com o martírio, embora algumas fontes (pouco confiáveis) descrevam com abundância de particulares seu martírio. Mateus teria sido lapidado, queimado e decapitado na Etiópia. Daí suas relíquias teriam sido levadas primeiro à Paestum, depois definitivamente à vizinha Salerno, onde são até hoje veneradas. Mas de Mateus resta aquele extraordinário testamento de fé e de amor, que é seu evangelho. Este foi escrito seguramente antes da destruição de Jerusalém e, não há dúvida, endereçado aos judeu-cristãos, por causa da preocupação que se nota em suas páginas de demonstrar a seus correligionários que Cristo é o Messias de que fala a escritura” (Mario Sgarbossa – Os santos e os beatos – Paulinas). 

 Pe. João Bosco Vieira Leite