Sexta, 14 de setembro de 2018


(Nm 21,4-9; Sl 77[78]; Jo 3,13-17) 
Exaltação da Santa Cruz.

“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna” Jo 3,14-15.

“Muitos de nossos irmãos têm como morada pontes, viadutos, caixas de papelão e plásticos, enquanto outros vivem em palácios, onde abundam os cristais, o mármore, as obras de arte. Grande parte de nossos irmãos não sabe ler ou escrever, enquanto outros podem doutorar-se nas melhores universidades do planeta. Diante de Deus, estaremos apenas com os tesouros que ajuntamos em nossa caminhada terrena. Nossa vida exaltou o Filho do Homem? Nossas obras exaltaram o Filho do Homem? Cremos, realmente, em Jesus? Então possuiremos a vida eterna. Jesus haverá de arguir-nos: ‘Viste-me no pobre, que bateu à tua porta? Reconheceste-me na prostituta sofrida, que passou por teu caminho? Lançaste-me o olhar naquele doente cansado? Miraste-me no velho desempregado e sem esperança?’ – e assim por diante. A morte nos iguala e nos diferencia. Biologicamente, somos iguais. Espiritualmente, os valores se invertem e somos aquilo que fizemos de nossas vidas. Sem crer em Jesus, o que nos resta? Somos apenas um grão de poeira perdido no cosmos ou um pequeno verme, arrastando-se no chão. Sem crer em Jesus, só podemos nos entregar aos soluços e gemidos. Mas, crendo nele, exaltando-o, estaremos ao lado de Deus, em seu regaço de Pai-Mãe e nossos corações se acalmarão e exaltarão no Senhor – Pai Maior, ajudai-nos a crer, de verdade, em vosso filho e em suas promessas! Ajudai-nos a ajuntar os tesouros com que haveremos de comparecer diante de vós! Não nos abandoneis jamais, para que, crendo no Cristo, o exaltemos sempre e nossas almas não se entreguem aos gemidos e soluços! Amém”  (Maria Luiza Silveira Teles – Graças a Deus (1995) – Vozes). 

Pe. João Bosco Vieira Leite