(1Cor 1,26-31; Sl 32[33]; Mt 25,14-30)
21ª Semana do Tempo
Comum.
“O patrão lhe disse:
‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu
te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria’” Mt 25,23.
“Muitas pessoas vivem
a desejar sucesso e fama e se entristecem, profundamente, com sua função
social, que, tantas vezes, lhes parece pequena, humilde, sem importância. Mas,
o que tantos se esquecem é de que toda e qualquer função é importante, pois
imprescindível, porque a engrenagem social não pode funcionar sem as suas
menores peças. Já pensaram se os garis resolvessem não mais recolher o lixo? Se
o padeiro não fizesse o pão? Se o sapateiro não mais cortasse sapatos?... seria
o caos! Para que a sociedade funcione bem é preciso que cada um cumpra, da
melhor maneira possível, o seu papel. Aí está a palavra do Mestre: ‘trabalhador
bom e fiel’. Nisto reside toda a grandeza da função que nos cabe: ser bom e
fiel naquilo que fazemos: seja varrer ruas, escrever um livro, desenvolver
pesquisas em laboratórios ou presidir uma nação. É preciso colocar todo o nosso
coração em nosso trabalho. Ele não é apenas o nosso ganha-pão: é o serviço que
estamos prestando aos nossos irmãos. Se afastamos de nossas almas a revolta, o
desespero, o sentimento de humilhação e desempenhamos bem a nossa função,
tornamo-nos grandes. E, aqui, ou lá, no Reino Eterno, estaremos preparados para
outras funções mais difíceis e complicadas. E, então, o nosso coração haverá de
alegrar-se no Senhor, com a certeza de que toda vida e todo trabalho, por mais
simples e banais que pareçam aos nossos olhos ou aos olhos dos poderosos do
mundo, têm um profundo sentido diante de Deus. Ele tem seu olhar pousado sobre
cada um de nós e haverá de julgar-nos não pela nossa posição social, mas pelo
amor com que desenvolveremos nossas obras. – Pai Onipotente, dai-me a
humildade, seja qual for o meu trabalho. Fazei de mim um trabalhador bom e fiel
para que, um dia, na Eternidade, eu possa alegrar-me em Ti. Amém.” (Maria Luiza
Silveira Teles – Graças a Deus (1995) – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite