Sábado, 01 de setembro de 2018


(1Cor 1,26-31; Sl 32[33]; Mt 25,14-30) 
21ª Semana do Tempo Comum.

“O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria’” Mt 25,23.

“Muitas pessoas vivem a desejar sucesso e fama e se entristecem, profundamente, com sua função social, que, tantas vezes, lhes parece pequena, humilde, sem importância. Mas, o que tantos se esquecem é de que toda e qualquer função é importante, pois imprescindível, porque a engrenagem social não pode funcionar sem as suas menores peças. Já pensaram se os garis resolvessem não mais recolher o lixo? Se o padeiro não fizesse o pão? Se o sapateiro não mais cortasse sapatos?... seria o caos! Para que a sociedade funcione bem é preciso que cada um cumpra, da melhor maneira possível, o seu papel. Aí está a palavra do Mestre: ‘trabalhador bom e fiel’. Nisto reside toda a grandeza da função que nos cabe: ser bom e fiel naquilo que fazemos: seja varrer ruas, escrever um livro, desenvolver pesquisas em laboratórios ou presidir uma nação. É preciso colocar todo o nosso coração em nosso trabalho. Ele não é apenas o nosso ganha-pão: é o serviço que estamos prestando aos nossos irmãos. Se afastamos de nossas almas a revolta, o desespero, o sentimento de humilhação e desempenhamos bem a nossa função, tornamo-nos grandes. E, aqui, ou lá, no Reino Eterno, estaremos preparados para outras funções mais difíceis e complicadas. E, então, o nosso coração haverá de alegrar-se no Senhor, com a certeza de que toda vida e todo trabalho, por mais simples e banais que pareçam aos nossos olhos ou aos olhos dos poderosos do mundo, têm um profundo sentido diante de Deus. Ele tem seu olhar pousado sobre cada um de nós e haverá de julgar-nos não pela nossa posição social, mas pelo amor com que desenvolveremos nossas obras. – Pai Onipotente, dai-me a humildade, seja qual for o meu trabalho. Fazei de mim um trabalhador bom e fiel para que, um dia, na Eternidade, eu possa alegrar-me em Ti. Amém.” (Maria Luiza Silveira Teles – Graças a Deus (1995) – Vozes). 

  Pe. João Bosco Vieira Leite