Segunda, 3 de setembro de 2018


(1Cor 2,1-5; Sl 118[119]; Lc 4,16-30) 
22ª Semana do Tempo Comum.

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos” Lc 4,18.

“Como as palavras do Cristo são atemporais! Quando lemos o Evangelho, parece-nos sempre que ele fala não para o povo daquela época, mas para o povo de hoje, para o povo deste (...) século, em que a humanidade tanto avançou na ciência e na tecnologia e tanto se empobrece em espiritualidade e em ética. Numa fase triste da nossa História, como ter esperança se não acreditamos, sinceramente, em Jesus e suas promessas. Ele foi ungido pelo pai e aí está, ainda hoje, evangelizando, curando, libertando. Ele o faz somente através de seus discípulos, mas quando a nossa fé é algo vivo, quando nossos corações são um sacrário, onde a luz do seu amor brilha incessantemente. Aliás, os seus discípulos podem ser pastores autênticos e dedicados, mas, se nossas almas estão secas, suas palavras haverão de ecoar, inutilmente, no deserto. Se, porém, nossas almas, que choram baixinho, em dias tão dolorosos, ainda estão abertas para o amor do Mestre, é bastante consolador nos lembrar deste versículo de Lucas: Ele há de nos curar e libertar de todos os males! Ele é o ungido do Senhor! Jesus, nosso mestre, nosso irmão, nosso amigo, companheiro de todos os momentos, nosso médico, nosso psicólogo... sem fé, não há esperança, e sem fé e esperança, não pode haver caridade. O Espírito do Senhor está sobre nós e ungiu a todos nós cristãos pelo batismo da água, do fogo, da dor e do amor e fez de cada um de nós um arauto da esperança para um mundo novo – Jesus amado, que possamos não só receber, no coração, as vossas palavras, como leva-las a todos, anunciando uma nova era de amor e justiça! Amém. (Maria Luiza Silveira Teles – Graças a Deus (1995) – Vozes). 

 Pe. João Bosco Vieira Leite