Terça, 24 de julho de 2018


(Mq 7,14-15.18-20; Sl 84[85]; Mt 12,46-50) 
16ª Semana do Tempo Comum.

“Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” Mt 12,50.

“Jesus apresentou um outro critério para indicar quem faz parte de sua casa (Mt 12,46-50). Em momento algum quis desprezar seus parentes. Quis apenas reforçar a sua compressão de casa, de família. E como podemos perceber, o conceito de família para Jesus é bem mais amplo e exigente. Para Jesus, os critérios que unem uma comunidade podem e devem ir além dos laços sanguíneos. Com um pouco de cuidado, podemos dizer que, para o Mestre, os laços que unem os membros de uma comunidade poderiam ir além até mesmo dos critérios étnicos, religiosos, culturais, pois embora fosse judeu, Jesus era muito disposto ao relacionamento com pessoas de outras culturas localidades. O Mestre não tinha medo dos estranhos. Ao contrário, estava sempre aberto ao diálogo. Sempre disposto a uma nova maneira de ser e conviver. [...] Nos dias de hoje, quando penso nas muitas formas de isolamento e separação, ponho-me a refletir sobre o exemplo que o Mestre nos deixou. Nossas cidades estão cada vez mais divididas. As pessoas estão cada vez mais separadas por diferentes critérios. Condomínios, shoppings, tribos, confronto entre torcidas esportivas etc., apenas refletem uma separação profunda e invisível que vem afetando as nossas vidas. E tantas formas de separação apenas fazem crescer o medo, a revolta e o estranhamento. O exemplo de Jesus, certamente tem muito a nos ensinar” (Marcos Daniel de Morais Ramalho – Meditações para o dia a dia  (2015) – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite