Quinta, 26 de julho de 2018


(Ecle 44,1.10-15; Sl 131[132]; Mt 13,16-17) 
São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria.

Festejamos Ana e Joaquim, pais da Virgem Maria: Deus concedeu-lhes a bênção prometida a todos os povos (Antífona de entrada da Missa do dia 26 de julho). Uma antiquíssima tradição conservou-nos os nomes dos pais de Santa Maria, que foram, ‘dentro do seu tempo e das circunstâncias históricas concretas, um elo precioso do projeto de salvação da humanidade’ (João Paulo II). Por meio deles, chegou-nos a bênção que um dia Deus prometera a Abraão e à sua descendência, pois foi através da sua Filha que recebemos o Salvador. São João Damasceno afirma que os conhecemos pelos seus frutos: a Virgem é o grande fruto que deram à humanidade. Ana concebeu-a puríssima e imaculada no seu seio. ‘Ó formosíssima criança, sumamente amável! – exclama o Santo Doutor -. Ó filha de Adão e Mãe de Deus! Felizes as entranhas e o ventre de que saíste! Felizes os braços que te carregam e os lábios que tiveram o privilégio de beijar-te!...’. São Joaquim e Santa Ana tiveram imensa sorte de terem podido cuidar e acolher no seu lar a Mãe de Deus. Quantas graças não terá Deus derramado sobre eles! Santa Teresa de Jesus, que costumava pôr os conventos que fundava sob a proteção de São José e Santa Ana, argumentava: ‘A misericórdia de Deus é tão grande que por nada deixará de favorecer a casa da sua gloriosa avó’. Jesus, por via materna, descendia diretamente desses santos esposos cuja festa celebramos hoje. Podemos confiar à intercessão dos pais de Nossa Senhora as nossas necessidades, especialmente as que se referem à santidade dos nossos lares: Senhor, Deus de nossos pais – suplicamos com uma oração da Liturgia da Missa -, Vós que concedestes a São Joaquim e Santa Ana a graça de darem a vida à Mãe do vosso Filho Jesus, fazei que, pela intercessão destes santos, alcancemos a salvação prometida ao vosso povo’. Ajudai-nos, por sua intercessão, a velar por aqueles que pusestes especialmente sob os nossos cuidados. Ensinai-nos a criar ao nosso redor um clima humano e sobrenatural em que seja mais fácil encontrar-vos a Vós, nosso fim último e nosso tesouro” (Francisco Fernández Carvajal – Falar com Deus vol. 7 – Quadrante).

 Pe. João Bosco Vieira Leite