(Mq 6,1-4.6-8; Sl 49[50]; Mt 12,38-42)
16ª Semana do Tempo Comum.
“Alguns mestres da
lei e fariseus disseram a Jesus: ‘Mestre, queremos ver um sinal realizado por
ti’”.
Mt 12,38.
“Deus nos criou
amantes e – por que não dizer? – dependentes de sinais. Não foi sem razão de
ser que a metafísica de Aristóteles adotou como um dos seus princípios o
seguinte: nada chega à inteligência sem que antes passe pelos sentidos.
Geralmente materializamos a ideia para melhor intuí-la e fixa-la. Daí a
importância do sinal em nossas vidas. Daí, a diversidade de sinais que a
humanidade criou e cria para mais eficazmente traduzir suas realidades. Convencionou-se,
por exemplo, ser uma balança o sinal da justiça, ser a âncora o sinal da
esperança, ser a pomba o sinal da paz, serem os louros o sinal da vitória e
assim por diante. Todavia, pode acontecer que o sinal não diga tanto, não seja
de existência tão necessária. Isto acontece quando a realidade se encontra à
vista e a exigência de seus símbolos passa a ser uma coisa supérflua,
desnecessária. Jesus chamou os escribas e fariseus de ‘geração perversa’ não
porque eles pedissem um sinal, mas porque pediram um sinal fora de hora e assim
deram prova de que não queriam acreditar no Mestre. O que eles queriam era
colocar em prova o seu poder e desmoralizá-lo, por não atender ao pueril
argumento deles de ‘só crer no que vê’. – Senhor, que, confiando na
bondade que sois vós, possamos ser sinais vosso para os outros. Amém”. (José Gilberto de
Luna – Graças a Deus (1995) – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite