Segunda, 23 de julho de 2018


(Mq 6,1-4.6-8; Sl 49[50]; Mt 12,38-42) 
16ª Semana do Tempo Comum.

“Alguns mestres da lei e fariseus disseram a Jesus: ‘Mestre, queremos ver um sinal realizado por ti’”.
Mt 12,38.

“Deus nos criou amantes e – por que não dizer? – dependentes de sinais. Não foi sem razão de ser que a metafísica de Aristóteles adotou como um dos seus princípios o seguinte: nada chega à inteligência sem que antes passe pelos sentidos. Geralmente materializamos a ideia para melhor intuí-la e fixa-la. Daí a importância do sinal em nossas vidas. Daí, a diversidade de sinais que a humanidade criou e cria para mais eficazmente traduzir suas realidades. Convencionou-se, por exemplo, ser uma balança o sinal da justiça, ser a âncora o sinal da esperança, ser a pomba o sinal da paz, serem os louros o sinal da vitória e assim por diante. Todavia, pode acontecer que o sinal não diga tanto, não seja de existência tão necessária. Isto acontece quando a realidade se encontra à vista e a exigência de seus símbolos passa a ser uma coisa supérflua, desnecessária. Jesus chamou os escribas e fariseus de ‘geração perversa’ não porque eles pedissem um sinal, mas porque pediram um sinal fora de hora e assim deram prova de que não queriam acreditar no Mestre. O que eles queriam era colocar em prova o seu poder e desmoralizá-lo, por não atender ao pueril argumento deles de ‘só crer no que vê’. – Senhor, que, confiando na bondade que sois vós, possamos ser sinais vosso para os outros. Amém. (José Gilberto de Luna – Graças a Deus (1995) – Vozes).

  Pe. João Bosco Vieira Leite