(Am 8,4-6.9-12; Sl
118[119]; Mt 9,9-13)
13ª Semana do Tempo Comum.
“Aprendei, pois, o que
significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para
chamar os justos, mas os pecadores’ Mt 9,13.
“Definem estas palavras a razão de ser da
missão de Cristo entre os homens. Veio ele, principalmente, para salvar aqueles
que estavam perdidos. Do contrário, sua encarnação não teria significado, não
teria finalidade. Sempre que lemos ou ouvimos estas palavras de Jesus somos
confortados pela certeza de que contamos com a sua benevolência, sempre. Como
seria bom que tomassem consciência destas suas palavras os que estão torturados
porque cometeram um tremendo pecado e não sabem como libertar-se de seu
remorso! Os que estão aflitos, porque recaíram num erro e não encontram meios
de por fim à tristeza que esse acarretou! Os que estão desolados, porque
reincidiram numa falta e temem ser punidos por Deus, através de punições que a
sociedade ‘costuma impor a quem foi passível deste ou daquele crime! Talvez se
tomasse conhecimento de que o Senhor deseja é a misericórdia e não o puro
sacrifício; é dar oportunidade de redenção aos pecadores e não apenas cuidar
dos justos. Se os angustiados, aos quais nos referimos, se convencessem desta verdade
é bem provável que muita depressão, muita neurose, muito abatimento não
existiria. O certo, por conseguinte, não é abusar da Misericórdia do Senhor,
mas confiar nela. E até quando? Sempre. – Senhor, fazei que o orgulho
não nos impeça de nos reconhecermos pecadores e, assim, sejamos salvos pelo
vosso filho que veio em busca dos pecadores e não dos justos. Amém” (José Gilberto de
Luna – Graças a Deus (1995) – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite