Sexta, 06 de julho de 2018


(Am 8,4-6.9-12; Sl 118[119]; Mt 9,9-13) 
13ª Semana do Tempo Comum.

“Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores’ Mt 9,13.

“Definem estas palavras a razão de ser da missão de Cristo entre os homens. Veio ele, principalmente, para salvar aqueles que estavam perdidos. Do contrário, sua encarnação não teria significado, não teria finalidade. Sempre que lemos ou ouvimos estas palavras de Jesus somos confortados pela certeza de que contamos com a sua benevolência, sempre. Como seria bom que tomassem consciência destas suas palavras os que estão torturados porque cometeram um tremendo pecado e não sabem como libertar-se de seu remorso! Os que estão aflitos, porque recaíram num erro e não encontram meios de por fim à tristeza que esse acarretou! Os que estão desolados, porque reincidiram numa falta e temem ser punidos por Deus, através de punições que a sociedade ‘costuma impor a quem foi passível deste ou daquele crime! Talvez se tomasse conhecimento de que o Senhor deseja é a misericórdia e não o puro sacrifício; é dar oportunidade de redenção aos pecadores e não apenas cuidar dos justos. Se os angustiados, aos quais nos referimos, se convencessem desta verdade é bem provável que muita depressão, muita neurose, muito abatimento não existiria. O certo, por conseguinte, não é abusar da Misericórdia do Senhor, mas confiar nela. E até quando? Sempre. – Senhor, fazei que o orgulho não nos impeça de nos reconhecermos pecadores e, assim, sejamos salvos pelo vosso filho que veio em busca dos pecadores e não dos justos. Amém”  (José Gilberto de Luna – Graças a Deus (1995) – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite