Segunda, 9 de julho de 2018


(Os 2,16-18.21-22; Sl 144[145]; Mt 9,18-26) 
14ª Semana do Tempo Comum.

“E disse: ‘Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo” Mt 9,24.

“Jesus ressuscita a filha de Jairo, que era um chefe da sinagoga. A convite deste, vai à sua casa e eis que, lá chegando, encontra o quadro fúnebre da morte dominando o ambiente. E o que então fez Ele? Mandou que todos se retirassem e ressuscitou a menina. E isto não só para atender ao pedido de seu pai, mas também porque, de certo, a vida da jovem falecida haveria de ser útil. Em que pese ser uma coisa natural, algo que ocorre, em decorrência da própria vida, a morte é sempre temida. Sobretudo pela pessoa jovem que, face à ordem natural das coisas, face a seu vigor juvenil, tudo indica ter nascido para morrer. Entende-se até uma certa razão justificando a morte do idoso, mas do moço naturalmente repugna se aceitar. Urge, então, que se tenha todo o cuidado para impedir um jovem de falecer. De falecer no corpo. E de falecer no seu ideal, no seu desejo de sonhar, na sua ânsia de construir, na sua capacidade imensa de criar, de lutar, de vencer. Poucas coisas causam tristeza tão grande como ver um jovem vigoroso até por fora, mas carcomido por dentro. Daí a obrigação que temos de ajudar sempre o jovem a viver o seu presente e a construir o seu futuro. Fazer o contrário é matar hoje a semente de um glorioso amanhã. Assim se entende por que Jesus fez uma jovem morta viver. – Senhor, nós vos agradecemos pela juventude. Que a viva não morra. E que a morta logre, de novo, viver. Amém” (José Gilberto de Luna – Graças a Deus (1995) – Vozes). 
  
Pe. João Bosco Vieira Leite