Quarta, 18 de julho de 2018


(Is 10,5-7.13-16; Sl 93[94]; Mt 11,25-27) 
15ª Semana do Tempo Comum.

“Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: ‘Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos” Mt 11,25.

“A experiência mostra como a cada instante se confirma esta assertiva de Jesus. Nem sempre os doutos são sábios. Possuem a ciência das coisas e ignoram a verdadeira sabedoria da vida. E não são sábios exatamente porque a ciência os incha, como diz São Paulo, e aquilo que uma pessoa simples percebe com o seu conhecimento acanhado, não conseguem eles percebê-lo apesar da erudição que possuem e da soma de conhecimentos que adquiriram. Quando o Senhor diz que as coisas grandiosas são reveladas aos pequeninos e ocultadas dos sabidos, dos grandes, dos poderosos, a sua intenção é mostrar que a verdadeira sabedoria não está do lado dos que se consideram proprietários absolutos da verdade, mas do lado dos que a procuram, porquanto se consideram sempre carentes de sua posse. A verdadeira sabedoria nem sempre está do lado dos que pesquisam, dos que inventam, dos que descobrem, dos que aperfeiçoam, mas do lado daqueles que comumente nada disto realizam. Todavia, em contrapartida, sabem que ‘tudo passa’ e, por isto, não se abatem diante do revés; sabem que a cada dia basta a sua própria preocupação e não estragam a alegria de hoje, sob o pretexto da tristeza que poderão sofrer amanhã. Resumindo. É importante se perceber a diferença entre o sábio e o sabido. O sábio conhece. O sábio usa bem do conhecimento pessoal que possui. É a este que Deus revela o segredo de suas coisas. – Ó Deus, aumentai a ciência de nossa sabedoria, ainda que tenhamos esta e não possuamos aquela. Amém” (José Gilberto de Luna – Graças a Deus (1995) – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite