Terça, 17 de julho de 2018


(Is 7,1-9; Sl 47[48]; Mt 11,20-24) 
15ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres, porque não tinham se convertido” Mt 11,20.

“O messias anuncia o reino e faz as suas propostas de salvação. São muitos os que os que as aceitam e passam a caminhar em direção d’Ele e com Ele. Mas, nem todos têm a coragem necessária para atender os desafios de sua mensagem. Mesmo presenciando seus milagres, como foi o caso dos habitantes de Corozain e Betsaida. É que a conversão não é coisa fácil. Exige despojamento. Renúncia. Coragem de deixar o que dantes atraía para ir em busca do que agora passou a atrair. E, de modo total, ainda que muitos alimentem a ilusão de que podem converter-se pela metade. Entregando-se ao Senhor a conta-gotas. Converter-se é o resultado de um processo que jamais poderá ter fim. A cada instante se realiza. É sempre um primeiro em busca de um segundo; é sempre um segundo em busca de um terceiro e, deste modo, initerruptamente. Compreende-se, então, por que ninguém pode blasonar-se de ser convertido. Esse tipo de cristão não existe. O que pode e deve sempre existir é o cristão em fase de conversão. Perenemente descobrindo uma nova faceta da fisionomia do Cristo e procurando refleti-la em sua própria fisionomia espiritual. Também porque o ruim pode tornar-se bom e o bom pode tornar-se melhor. – Senhor, os habitantes de Corozain e Betsaida viram vossos milagres e não se converteram; fazei que nos convertamos e seja este o milagre que nós próprios testemunhemos. Amém “    (José Gilberto de Luna – Graças a Deus (1995) – Vozes).
  
Pe. João Bosco Vieira Leite