Terça, 10 de julho de 2018


(Os 8,4-7.11-13; Sl 113B[115]; Mt 9,32-38) 
14ª Semana do Tempo Comum.

“’A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois ao dono da messe que envie trabalhadores para sua colheita’” Mt 9,37-38.

“Estas palavras costumam ser usadas muito pela Igreja Católica a propósito de falta de vocações para o sacerdócio. Soam como que um brado seu rogando aos Céus que mandem, principalmente, padres para o ministério da palavra, para a celebração da Eucaristia, para a distribuição dos mistérios divinos e para a condução da caminhada de fé, de esperança e de amor, por parte de suas comunidades. O número de evangelizadores não corresponde ao de pessoas necessitadas de evangelização. E por que será que esta escassez é um fato a ponto de termos tantas populações religiosamente desassistidas? São muitos e bastante diversificados os motivos. Há, porém, uma concordância generalizada no sentido de se julgar ser a razão determinante desta falta de padres para o serviço ministerial na Igreja Católica. Está na própria sociedade secularizada e, por tantos motivos, descristianizadas e consumista demasiadamente, cultora de valores incompatíveis com o perfil de um homem que deve ser testemunha de renúncia, de desprendimento, de muito amor e constante serviço. Eis por que não basta rezar pedindo a Deus que mande obreiros para sua messe. É necessário que também rezemos e trabalhemos para criarmos a nova sociedade e, nela, a pessoa do padre surja como uma consequência e não como um milagre. – Senhor, dai que concorramos para acabar com o círculo vicioso, segundo o qual não há padre, porque o mundo se descristianiza e o mundo se descristianiza porque falta padre. Amém  (José Gilberto de Luna – Graças a Deus (1995) – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite