(Os 8,4-7.11-13; Sl 113B[115]; Mt 9,32-38)
14ª Semana do Tempo Comum.
“’A messe é grande,
mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois ao dono da messe que envie
trabalhadores para sua colheita’” Mt 9,37-38.
“Estas palavras
costumam ser usadas muito pela Igreja Católica a propósito de falta de vocações
para o sacerdócio. Soam como que um brado seu rogando aos Céus que mandem,
principalmente, padres para o ministério da palavra, para a celebração da
Eucaristia, para a distribuição dos mistérios divinos e para a condução da
caminhada de fé, de esperança e de amor, por parte de suas comunidades. O
número de evangelizadores não corresponde ao de pessoas necessitadas de
evangelização. E por que será que esta escassez é um fato a ponto de termos
tantas populações religiosamente desassistidas? São muitos e bastante
diversificados os motivos. Há, porém, uma concordância generalizada no sentido
de se julgar ser a razão determinante desta falta de padres para o serviço
ministerial na Igreja Católica. Está na própria sociedade secularizada e, por
tantos motivos, descristianizadas e consumista demasiadamente, cultora de
valores incompatíveis com o perfil de um homem que deve ser testemunha de
renúncia, de desprendimento, de muito amor e constante serviço. Eis por que não
basta rezar pedindo a Deus que mande obreiros para sua messe. É necessário que
também rezemos e trabalhemos para criarmos a nova sociedade e, nela, a pessoa
do padre surja como uma consequência e não como um milagre. – Senhor,
dai que concorramos para acabar com o círculo vicioso, segundo o qual não há
padre, porque o mundo se descristianiza e o mundo se descristianiza porque
falta padre. Amém” (José Gilberto de Luna – Graças a
Deus (1995) – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite