Quinta, 05 de julho de 2018


(Am 7,10-17; Sl 18[19]; Mt 9,1-8) 
13ª Semana do Tempo Comum.

“O que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’ ou dizer: ‘Levanta-te e anda’?” Mt 9,5.

“É claro que, ao fazer tal desafio, o que Jesus deseja não é só mostrar que aquele que pode fazer o mais, pode igualmente fazer o menos. O que ele deseja não é somente dar esta demonstração de sua onipotência, enquanto Filho de Deus, mas de certo evidenciar a relação existente entre a libertação espiritual e o seu poder de caminhar. Explica-se – quanto mais estamos vazios de pecados, quanto mais espiritualmente desimpedida se encontra a nossa vida, quanto mais soltas se encontram as asas do nosso ser, por força de abstenção, de culpabilidade, tanto mais garantia possuímos de dar um passo à frente, de andar e não permanecermos parados, de nunca cedermos à tentação de ficar sempre onde estamos, sem nenhuma ambição de maior conquista interior e espiritual. Em outros termos – A permanência no pecado leva quem o comete a um estado de simbiose tal com ele que lhe tira o gosto por vida nova. Eis por que quem quiser romper com a paralisia de seu espírito, comece por libertar-se do estado de ruptura com Deus e com o próximo. Pecado nunca fez bem a ninguém. Existem pessoas que adoeceram porque pecaram, jamais por terem praticado a virtude. –Senhor, desejo meu é que sempre digais: levanta-te e anda. E que eu realmente caminhe, porque liberto estou de todo pecado. Amém” (José Gilberto de Luna – Graças a Deus (1995) – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite