Sexta, 07 de março de 2025

(Is 58,1-9; Sl 50[51]; Mt 9,14-15) Sexta depois das Cinzas.

“Os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: ‘Por que razão nós e os fariseus

praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?’” Mt 9,14.

“A atitude de Jesus em relação aos seus discípulos deixava confundidas certas pessoas. O Mestre orientava-os de forma inusitada; seus ensinamentos não coincidiam com as estritas normas religiosas da época. Ele era suficientemente sensato para não se deixar escravizar por determinadas tradições, nem sempre observadas de maneira conveniente.  O fato de Jesus não exigir dos discípulos a prática do jejum gerava suspeita dos seus opositores. Estes não podiam entender como um rabi passasse por cima de uma tradição tão venerável, e não exigisse dos seus a prática frequente do jejum. A visão de Jesus projetava o jejum para além da pura ascese pessoal. Ele o relacionava com a presença do Messias na história humana. Durante o tempo da vida terrestre do Messias-esposo, não convinha jejuar, para que se patenteasse a alegria de sua presença. Ao se concluir sua missão terrena e Jesus voltar para o Pai, então será tempo de jejuar auspiciando sua nova vinda. A prática cristã do jejum é uma forma de manter-se sempre atento, à espera do Messias que vem. A intemperança no comer e no beber pode levar o cristão a olvidar-se do caminho traçado pelo Senhor, e a buscar uma alegria efêmera. Só vale a pena festejar, quando se tem certeza da presença de Jesus. – Espírito de sabedoria, ensina-me a compreender que a prática do jejum é um meio de preparar-me para a chegada do Messias que vem (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite