(Gn 37,3-4.12-13.17-28; Sl 104[105]; Mt 21,33-43.45-46) 2ª Semana da Quaresma.
“Então Jesus lhes disse: ‘Vós nunca
lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a
pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e maravilhoso aos nossos olhos?’” Mt 21,42.
“A
história de Israel, que se desenrolou como uma espécie de luta entre Deus e o
povo eleito, é como a parábola de toda a história humana. Enquanto Deus se
empenha em salvar a humanidade, esta insiste em caminhar para a condenação. Ele
vai lhe apresentando os meios necessários para que se salve, mas o ser humano
continua destruindo a obra divina. Deus confia na conversão do coração humano;
este, no entanto, frustra, continuamente, a confiança divina. Apesar disso, o
Pai mostra-se sobremaneira paciente. O primeiro gesto de rebeldia do ser humano
seria suficiente para merecer a punição. Afinal, ele é quem tem uma dívida de
gratidão para com Deus. Criado com todo o carinho, foram-lhe dadas as condições
para viver em comunhão com o Criador e com os demais seres humanos. Dele se
esperavam frutos de amor e de justiça. No entanto, seu coração perverteu-se,
levando-o a se rebelar contra Deus. Até mesmo Jesus, que representa o gesto
supremo da boa-vontade divina de salvar o ser humano, acabou sendo crucificado.
Ao ressuscitar seu Filho, o Pai estabeleceu-o como sinal de seu amor pela
humanidade. Sempre que o ser humano quiser voltar-se para Deus, pode contar com
Jesus. Aquele que fora rejeitado pelo ser humano, o Pai constituiu-o como
‘pedra angular’ da salvação. – Espírito de sensatez, não permitas
jamais que eu me rebele contra o amor do Pai, que quer a minha salvação e
espera de mim docilidade a seus apelos de conversão” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).