(2Rs 5,1-15; Sl 41[42]; Lc 4,24-30) 3ª Semana da Quaresma.
“Quando ouviram estas palavras de Jesus,
todos na sinagoga ficaram furiosos” Lc
4,28.
“A
reação dos habitantes de Nazaré, diante da pregação de Jesus, foi de aberta
rejeição. Foi tal o desprezo pelas palavras do Mestre, que eles decidiram
eliminá-lo lançando-o de um precipício. É possível imaginar a decepção de
Jesus, diante da rejeição de seus conterrâneos. Ele tentou compreender a
situação, rememorando as experiências de profetas do passado que, rejeitados
por seu povo, foram bem escolhidos pelos estrangeiros. Assim aconteceu com
Elias: num tempo de seca e fome, beneficiou uma mulher estrangeira, da terra
dos sidônios. O mesmo sucedeu com Eliseu: curou da lepra um general sírio, ao
passo que, em Israel, essa doença vitimava pessoas. A conclusão de Jesus foi
clara: já que o povo de sua cidade insistia em não lhe dar atenção, ele
sentiu-se obrigado a ir em busca de quem estivesse disposto a acolhê-lo. Aos
duros de coração, no entanto, só restava o castigo. Longe de nós seguirmos o
exemplo do povo de Nazaré. Jesus quer encontrar, em nós, abertura para
acolhê-lo e disponibilidade para converter-nos. Ninguém a aceitar este convite.
Entretanto, fechar-se para Jesus significa recusar a proposta de salvação que
ele, em nome do Pai, veio nos trazer. – Espírito de docilidade, abre
meu coração para aceitar o convite à conversão, que Jesus me dirige, em nome do
Pai” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite