Quarta, 19 de março de 2025

(2Sm 7,4-5.12-14.16; Sl 88[89]; Rm 4,13.16-18.22; Mt 1,16.18-21.24) São José.

“Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: ‘Assim será tua posteridade’” Rm 4,18.

“Depois de ter demonstrado que a justificação, isto é, a passagem do indivíduo de filho de Adão para filho de Deus, acontece mediante a fé (cf. Rm 3,21-26), Paulo aponta o exemplo de Abraão. Baseando-se na citação: ‘Abraão acreditou e isso foi-lhe atribuído como justiça’ (Rm 4,3 que cita Gn 15,6), demonstra que Abraão foi justificado mediante a fé. A fé é o começo da salvação. [Compreender a Palavra] As muitas obras boas que alguém pode cumprir não habilita a pretender, em vista delas, ser declarado por Deus seu filho adotivo e irmão de Jesus Cristo. Esta passagem, esta ‘justiça’ vem ‘da fé’ (v. 13) que nos dispõe a receber esse dom da ‘graça’ (v.16), que é o começo da salvação. Uma vez recebido esse ‘dom’ no sacramento da fé que é o Batismo, o cristão é chamado a fazer boas obras; essas obras são boas, porque são feitas sob a ação da graça divina que nos une a Jesus e a Deus Pai. José, herdeiro da promessa feita a Abraão, descendente da dinastia real de Davi, foi justificado como nós mediante a fé, que se concretiza no amor e na obediência à vontade de Deus. A sua missão de chefe de família, a sua relação cotidiana com Maria e com Jesus acabam por ser tornar um ato contínuo de fé n’Aquele que o colocou nessa dignidade” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Quaresma - Páscoa] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite