(Os 6,1-6; Sl 50[51]; Lc 18,9-14) 3ª Semana da Quaresma.
“Dois homens subiram ao templo para
rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos” Lc 18,9.
“Jesus
não suportava a soberba de quem se gabava de ser justo, olhando os outros com
desdém. Este comportamento o irritava por revelar uma falsa imagem de Deus,
completamente contrária àquela ensinada por ele. O deus dos soberbos e
orgulhosos é preconceituoso, deixa-se impressionar por exterioridades, é
injusto para com os fracos, é facilmente enganável. A um deus assim, dirige-se
o fariseu da parábola contada por Jesus. Assumindo uma postura de evidente
arrogância, dirige-se a seu deus, prestando-lhe contas de suas práticas
religiosas, como que a exigir uma recompensa generosa. O Deus anunciado por
Jesus é, radicalmente, diferente: é o Pai atento a seus filhos, de modo
especial, aos fracos e pequeninos. Valoriza qualquer esforço humano de superar
o pecado, para colocar-se, com humildade, no caminho da conversão. Vê o mais
íntimo do ser humano, onde percebe seus sentimentos e intenções. Portanto, não
é um Deus a quem se possa enganar. Diante da atitude dos soberbos, Jesus não
tinha dúvidas quanto ao fim que os esperava. Eles serão humilhados ao se
encontrarem na presença do Pai. Recomenda-lhes, então, a humildade, porque só
ela é capaz de sensibilizar a Deus, para a pessoa obter dele a justificação.
Portanto, quem se vangloria de ser justo, está preparando sua própria
condenação. – Espírito de humildade, liberta-me da soberba, porque ela
me afasta do Pai. E faze-me reconhecer, com humildade, minhas próprias
limitações” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite