Segunda, 17 de março de 2025

(Dn 9,4-10; Sl 78[79]; Lc 6,36-38) 2ª Semana da Quaresma.

“... temos pecado, temos praticado a injustiça e a impiedade, temos sido rebeldes,

afastando-nos de teus mandamentos e de tua lei” Lc 6,5.

“A oração litúrgica aqui introduzida no livro de Daniel (o texto completo abrange a seção 9,4-19) pertence a uma tradição preexistente (cf. também Ne 9 e Esd 10), conservada também, por exemplo, no Livro de Baruc (cf. Br 1,15—3,8). O profeta intercede junto de Deus pelo seu Povo, que se reconhece em pecado e, portanto, pode esperar apenas o perdão de Deus. [Compreender a Palavra:] Nesta oração, a ênfase é colocada no reconhecimento da infidelidade de Israel. Mas a confissão dos pecados é tornada possível por dois elementos estreitamente ligados: o povo pode declarar a sua culpa porque conhece e confia na grandeza de Deus, na Sua misericórdia, benevolência e justiça. Daniel afirma que a situação de dispersão entre as nações (v. 7, no centro do texto) encontra a sua razão no fato de o povo se ter rebelado, ter saído do caminho traçado para ele pelo seu Senhor (vv. 5-9), transgredindo as instruções divinas indicadas pelos profetas (vv. 6-10). A confissão das culpas abre caminho ao pedido de perdão no Nome santo do Senhor, invocando sobre a cidade e sobre o povo (cf. Dn 9,19). O Senhor escutará a oração de Daniel e indicar-lhe-á um tempo completo, para ‘fazer cessar a transgressão, selar o pecado’ (Dn 9,24): as setenta semanas, findas as quais acontecerá o perdão do jubileu’” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Quaresma - Páscoa] – Paulus). 

Pe. João Bosco Vieira Leite