(Jr 17,5-10; Sl 01; Lc 16,19-31) 2ª Semana da Quaresma.
“Havia um homem rico, que se vestia com
roupas finas e elegantes e fazia festas esplendidas todos os dias. Um pobre,
chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico” Lc 16,19-20.
“Jesus
propõe uma parábola. A parábola não é uma história, mas um modo de expor um
ensinamento à maneira de história, mas sem relação alguma com a história.
Portanto, não se deve entender que realmente existissem aquele homem rico nem
aquele homem pobre. O rico e o mendigo Lázaro personificam duas situações
perante a vida que se mudam no juízo de Deus. No Antigo Testamento, a riqueza
era considerada uma bênção de Deus; no Novo Testamento dá-se maior importância
à pobreza como atitude essencial para o encontro com Deus; a postura do pobre,
sua dor, é em si mesma uma súplica, que chega ao Coração de Deus. Como já se
notou, Jesus Cristo quer ensinar três coisas principais com esta parábola:
1. Não se deve colocar a confiança nas riquezas que aliás, são causa de
muitos desvios e conduzem facilmente à condenação eterna; 2. Os pobres são ‘os
prediletos de Deus’ (João Paulo II); a Igreja ama-os com ‘amor preferencial’
(Documento de Puebla, 382). Medite você sobre isso e fortifique sua atitude
diante da injustiça; 3. É de mais proveito ao homem a verdadeira justiça,
fundamentada na fé e na penitência, que as riquezas e os prazeres. O temporal –
as riquezas e a pobreza – passa muito rápido como acontece com o tempo; o
eterno – a outra vida – permanecerá para sempre. Logicamente, o importante e
prudente será assegurar o eterno com o uso correto de temporal” (Alfonso Milagro – O
Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).
Pe.
João Bosco Vieira Leite