(Gl 5,1-6; Sl 118[119]; Lc 11,37-41) 28ª Semana do Tempo Comum.
“Antes, dai esmola do que vós possuís e
tudo ficará puro para vós” Lc
11,41
“A
admiração do fariseu surpreso porque Jesus sentou-se à mesa para comer sem ter
lavado as mãos não passou despercebido pelo Mestre. Ele conhecia muito bem a
mentalidade de seu anfitrião e seu apego escrupuloso à tradição da pureza
ritual. Igualmente tinha consciência da reação que sua atitude causaria. No
entanto, apesar de ser hóspede, não perdeu a ocasião de denunciar a hipocrisia
de quem o convidara a almoçar. A pureza exterior do fariseu não correspondia à
do seu interior. Limpo por fora, estava cheio de sujeira por dentro. A
contaminação provinda de roubos e de sua malícia era muito pior do que a
eventual impureza de um copo ou prato. Grande insensatez perder tempo com
coisas secundárias, olvidando o essencial! Jesus apresentou a caridade como a
melhor forma de garantir e conservar a verdadeira pureza. Quando a pessoa abre
seu coração e se torna sensível para com o irmão carente, partilhando com ele
seus bens, tudo se torna puro para ela. Esta é a melhor forma de eliminar o
egoísmo, único fator de contaminação do coração humano. Quando o coração é
puro, tudo o mais se torna puro. A pureza, fruto da caridade, é agradável a
Deus e garante a salvação. Ele julga as pessoas a partir do interior. Aí ele
verifica se elas, de fato, estão puras. – Senhor Jesus, não me deixes
cair na insensatez de buscar a pureza exterior, porque a pureza verdadeira
provém do amor” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite