Terça, 15 de outubro de 2024

(Gl 5,1-6; Sl 118[119]; Lc 11,37-41) 28ª Semana do Tempo Comum.

“Antes, dai esmola do que vós possuís e tudo ficará puro para vós” Lc 11,41

“A admiração do fariseu surpreso porque Jesus sentou-se à mesa para comer sem ter lavado as mãos não passou despercebido pelo Mestre. Ele conhecia muito bem a mentalidade de seu anfitrião e seu apego escrupuloso à tradição da pureza ritual. Igualmente tinha consciência da reação que sua atitude causaria. No entanto, apesar de ser hóspede, não perdeu a ocasião de denunciar a hipocrisia de quem o convidara a almoçar. A pureza exterior do fariseu não correspondia à do seu interior. Limpo por fora, estava cheio de sujeira por dentro. A contaminação provinda de roubos e de sua malícia era muito pior do que a eventual impureza de um copo ou prato. Grande insensatez perder tempo com coisas secundárias, olvidando o essencial! Jesus apresentou a caridade como a melhor forma de garantir e conservar a verdadeira pureza. Quando a pessoa abre seu coração e se torna sensível para com o irmão carente, partilhando com ele seus bens, tudo se torna puro para ela. Esta é a melhor forma de eliminar o egoísmo, único fator de contaminação do coração humano. Quando o coração é puro, tudo o mais se torna puro. A pureza, fruto da caridade, é agradável a Deus e garante a salvação. Ele julga as pessoas a partir do interior. Aí ele verifica se elas, de fato, estão puras. – Senhor Jesus, não me deixes cair na insensatez de buscar a pureza exterior, porque a pureza verdadeira provém do amor (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite