(Gl 3,7-14; Sl 110[111]; Lc 11,15-26) 27ª Semana do Tempo
Comum.
“Mas, se é pelo dedo de Deus que eu
expulso demônios, então chegou para vós o Reino de Deus” Lc 11,20.
“Não
faltou quem interpretasse, de maneira maldosa, os milagres de Jesus. Havia quem
os atribuísse a um poder de origem demoníaca. Jesus estaria pactuando com
Satanás, seus milagres seria uma macabra prova deste conluio. Tal interpretação
foi veementemente refutada pelo Mestre. Seu argumento era muito simples. A cura
de um possesso significa que Satanás deixou de ter poder sobre um ser humano.
Para expulsar Satanás, é preciso que o exorcista seja seu inimigo e se oponha a
ele, de forma radical. Se não fosse assim, algo de errado estaria acontecendo
no mundo dos demônios. Ao curar os possessos, Jesus impunha uma derrota fatal a
Satanás, uma vez que a ação do Mestre tinha sua origem em Deus, portanto,
indicava, claramente, que Deus estava exercendo seu senhorio sobre a história
humana. Doravante, as pessoas não iriam viver submetida às forças do mal. Em
nome de Deus, Jesus viera para libertá-las desta opressão. O Reino de Deus
fazia-se presente no meio do povo, e por meio do Filho. Seus gestos poderosos
eram um claro sinal desta novidade. Portanto, a expulsão dos demônios era
prenúncio de que o esquema antigo do pecado tinha sido abalado nos seus
alicerces. – Senhor Jesus, faze-me ver, nos teus gestos poderosos, a
presença do Reino de Deus atuando em nossa história, para trazer-nos libertação” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite