(Gl 3,1-5; Sl Lc 1; Lc 11,5-13) 27ª Semana do Tempo Comum.
“Eu vos declaro: mesmo que o outro não
se levante para dá-lo porque é seu amigo,
vai levantar-se ao menos por causa da
impertinência dele e lhe dará o que for necessário” Lc 11,8.
“Somente
Lucas narra-nos a parábola do amigo que acaba cedendo. Como grego, Lucas gosta
da palavra ‘amigo’. Enquanto Marcos e Mateus só usam uma vez a palavra ‘amigo’,
encontramo-la dezoito vezes em Lucas. Para os gregos, a amizade era um valor
muito alto. ‘Os gregos são considerados o povo clássico da amizade’ (RAC, p.
418). Sócrates e Platão escreveram sobre a amizade. É somente entre pessoas
boas que a amizade é possível. No evangelho de Lucas, Jesus chama seus
discípulos de amigos (Lc 12,4). A comunidade em Jerusalém é descrita por Lucas
como sendo uma associação helenista de amigos. Assim, é compreensível que Lucas
aplique a imagem da amizade à nossa relação com Deus. O mistério da amizade só
se revela quando, na oração, experimentamos Deus como nosso amigo que nos dá
aquilo que precisamos para a vida e para o amor” (Anselm Grüm – Jesus,
modelo do ser humano – Loyola).
Pe.
João Bosco Vieira Leite