Quinta, 10 de outubro de 2024

(Gl 3,1-5; Sl Lc 1; Lc 11,5-13) 27ª Semana do Tempo Comum.

“Eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-lo porque é seu amigo,

vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará o que for necessário” Lc 11,8.

“Somente Lucas narra-nos a parábola do amigo que acaba cedendo. Como grego, Lucas gosta da palavra ‘amigo’. Enquanto Marcos e Mateus só usam uma vez a palavra ‘amigo’, encontramo-la dezoito vezes em Lucas. Para os gregos, a amizade era um valor muito alto. ‘Os gregos são considerados o povo clássico da amizade’ (RAC, p. 418). Sócrates e Platão escreveram sobre a amizade. É somente entre pessoas boas que a amizade é possível. No evangelho de Lucas, Jesus chama seus discípulos de amigos (Lc 12,4). A comunidade em Jerusalém é descrita por Lucas como sendo uma associação helenista de amigos. Assim, é compreensível que Lucas aplique a imagem da amizade à nossa relação com Deus. O mistério da amizade só se revela quando, na oração, experimentamos Deus como nosso amigo que nos dá aquilo que precisamos para a vida e para o amor” (Anselm Grüm – Jesus, modelo do ser humano – Loyola).  

 Pe. João Bosco Vieira Leite