(Ef 4,7-16; Sl 121[122]; Lc 13,1-9) 29ª Semana do Tempo Comum.
“.... Mas, se vós não vos converterdes,
ireis morrer todos do mesmo modo” Lc 13,3.
“No
mundo de hoje, a palavra penitência soa como um tanto anacrônica, como fora do
nosso tempo, não adaptada para nossa forma de ser e de nossas exigências. E soa
também como algo impróprio para as exigências e apetências do mundo de hoje,
que aplica melhor todos os esforços em estudar e investigar como poderá evitar
toda a dor, escapar definitivamente do sofrimento; hoje tudo que se estuda e se
inventa é dirigido para produzir maior comodidade e luxo, para satisfazer novas
necessidades criadas precisamente pela ânsia de novos e renovados gostos e
satisfações. A conversão centraliza a própria vida na de Jesus Cristo, para
participar de seu espírito. Se não nos convertermos, seremos tão condenáveis
como os exemplos que o Evangelho. Este tempo da Igreja, que vai desde a
Ascensão do Senhor aos céus até sua segunda vinda na parusia, é tempo de
conversão, tempo de penitência e isto para todos, uma vez que todos temos
pecados; mas é também tempo de misericórdia, já que nós podemos obtê-la com a
conversão de nossa vida e com a prática das boas obras. A obrigação de fazer
penitência e de converter-se é não somente individual, mas também social,
porque existem também pecados sociais, cometidos pela sociedade como um todo,
ou por uma grande parte dela. A ameaça de Jesus: ‘Se não vos arrependerdes,
perecereis todos do mesmo modo’ (vv. 3.5), parece referir-se à destruição de
Jerusalém, que se deu poucos anos depois; mas podemos muito bem entender e
aplicar ao castigo do inferno, que merecerão os pecadores por sua má vida. Se
todos pecamos, todos devemos fazer penitência, uma vez que para o céu existem
somente dois caminhos: o da inocência e, se perdeu esta, o da penitência” (Alfonso Milagro – O
Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).
Pe.
João Bosco Vieira Leite