(Ef 4,1-6; Sl 23[24]; Lc 12,54-59) 29ª Semana do Tempo Comum.
“Há um só corpo e um só Espírito, como
também é uma só a esperança à qual fostes chamados.
Há um só Senhor, uma só fé, um só
batismo” Ef 4,4-5.
“Com
o capítulo 4 tem início a segunda parte da Carta aos Efésios, de tipo mais
marcante exortativo. No entanto, depois dos versículos 1-2, o versículo 3
introduz uma secção definida, apoiada num tema fundamental, o da unidade da
Igreja. O adjetivo numeral ‘um’ aparece sete vezes nos versículos 3-6,
enfatizando a unidade do corpo eclesial. A exortação sucessiva aparece assim
orientada para manter e incrementar a unidade da Igreja, expressão da unidade
de Deus e da coerência da Sua atuação salvífica. [Compreender a Palavra] A
humildade e a aceitação benevolente do próximo são as primeiras dimensões com
as quais o autor exorta os seus leitores. Mas porque é que estas atitudes têm
um valor prioritário? Porque, por meio delas, se ‘conserva’ a unidade da Igreja.
A unidade é um fato prévio, um dom constitutivo da própria Igreja. Enquanto
expressão privilegiada da atuação salvífica de Deus e do senhorio de Cristo
sobre o cosmos (cf. Ef 1,22-23), a Igreja tem de ser uma comunidade pensada
como uma unidade. Essa unidade é a sua dimensão constitutiva. A Igreja é um
conjunto de pessoas que não podem contar com a sua posição independente, mas
que se sentem interpeladas para se encontrarem reciprocamente por causa de
Cristo, razão que ultrapassa as diversidades do modo de viver a fé. E então, a
tarefa de manter ou de remendar a unidade da Igreja está confiada também ao
esforço responsável de cada batizado” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo
Comum – Vol. 2] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite