(Ef 2,1-10; Sl 99[100]; Lc 12,13-21) 29ª Semana do Tempo Comum.
“Assim acontece com quem ajunta tesouros
para si mesmo, mas não é rico diante de Deus” Lc 12,21.
“Fica
claramente reprovada a avareza, neste evangelho. A avareza, isto é, a ânsia
desmedida e descontrolada por bens materiais ou riquezas. Sabemos muito bem que
as coisas materiais são-nos necessárias para a nossa vida e para a vida dos
nossos; contudo, encontramos sempre latente o perigo de confundir o necessário
e prudente com o excessivo e desmedido, com apego do coração, que assim se
torna dependente e escravo do dinheiro e da posse dele. Os que se deixam levar
pelo espírito de avareza vivem como escravos de si mesmos e de suas coisas,
buscam ansiosamente mais e mais comodidades e luxos, e procuram satisfazer até
mesmo os mínimos caprichos e veleidades. O avarento reduz tudo a algarismos e
tudo sacrifica, mesmo a própria consciência e os ideias, por uma vantagem
econômica ou comodidade. No entanto, o rico diante de Deus não é aquele que tem
muito dinheiro, mas aquele que tem muitas virtudes. Pense, antes, que as
riquezas não o acompanharão além do sepulcro. Com dinheiro você pode construir
um panteão de mármore e bronze, mas esse grandioso panteão não passará de
simples sepulcro e você não poderá gozar dele; no entanto, suas boas obras
segui-lo-ão além do sepulcro e conduzi-lo-ão à vida eterna” (Alfonso Milagro – O
Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).
Pe.
João Bosco Vieira Leite