Quarta, 23 de outubro de 2024

(Ef 3,2-12; Sl Is 12; Lc 12,39-48) 29ª Semana do Tempo Comum.

“Esse mistério, Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo por meio do Evangelho” Ef 3,5-6.

“Cristo realiza o projeto reconciliador do Pai, e nisto é que consiste o ‘mistério’ de que fala a Carta. Aquele que escreve está ao serviço desse acontecimento e sente-se enviado a anunciá-lo. Esta página, em que o autor fala repetidamente na primeira pessoa, está apoiada precisamente sobre o estatuto do Apóstolo em relação ao ‘mistério’ (cf. vv. 3,4,5,9). [Compreender a Palavra:] O agir de Deus é gratuito (cf. Ef 2,8) e, como tal, revela-se em Cristo, que oferece à Humanidade a possibilidade de uma relação reconciliada com o Senhor. Agora, a mesma gratuidade divina (vv.2,8) chamou o autor da Carta aos Efésios a ser o seu proclamador: Deus confiou-lhe uma missão que abrange toda a sua existência, um ‘ministério’ (v. 2; cf. v. 7). Ele realiza-o mediante o anúncio verbal (vv. 6-9), mediante a escrita da Carta (v. 4), por meio da qual o seu testemunho poderá chegar a indivíduos e épocas históricas já não ligadas à sua pessoa física. A Igreja é destinatária deste anúncio, mas é-o para fazer ressoar na Humanidade inteira. A missão da Igreja é ser sinal e instrumento da realidade de Deus e da Sua salvação, a favor da Humanidade” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite