(Ef 3,2-12; Sl Is 12; Lc 12,39-48) 29ª Semana do Tempo Comum.
“Esse mistério, Deus não o fez conhecer
aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito,
aos seus santos apóstolos e profetas: os pagãos são admitidos à mesma herança,
são membros do corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo
por meio do Evangelho” Ef
3,5-6.
“Cristo
realiza o projeto reconciliador do Pai, e nisto é que consiste o ‘mistério’ de
que fala a Carta. Aquele que escreve está ao serviço desse acontecimento e
sente-se enviado a anunciá-lo. Esta página, em que o autor fala repetidamente
na primeira pessoa, está apoiada precisamente sobre o estatuto do Apóstolo em
relação ao ‘mistério’ (cf. vv. 3,4,5,9). [Compreender a Palavra:] O agir de
Deus é gratuito (cf. Ef 2,8) e, como tal, revela-se em Cristo, que oferece à
Humanidade a possibilidade de uma relação reconciliada com o Senhor. Agora, a
mesma gratuidade divina (vv.2,8) chamou o autor da Carta aos Efésios a ser o
seu proclamador: Deus confiou-lhe uma missão que abrange toda a sua existência,
um ‘ministério’ (v. 2; cf. v. 7). Ele realiza-o mediante o anúncio verbal (vv.
6-9), mediante a escrita da Carta (v. 4), por meio da qual o seu testemunho
poderá chegar a indivíduos e épocas históricas já não ligadas à sua pessoa
física. A Igreja é destinatária deste anúncio, mas é-o para fazer ressoar na
Humanidade inteira. A missão da Igreja é ser sinal e instrumento da realidade
de Deus e da Sua salvação, a favor da Humanidade” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite