Terça, 03 de setembro de 2024

(1Cor 2,10-16; Sl 144[145]; Lc 4,31-37) 22ª Semana do Tempo Comum.

“O espanto se apossou de todos, e eles comentavam entre si: ‘Que palavra é essa?

Ele manda nos espíritos impuros com autoridade e poder, e eles saem’” Lc 4,36.

“O empenho libertador de Jesus encontrou adversários ferrenhos, que agiam em sentido contrário. A possessão demoníaca era símbolo de um projeto incompatível com o de Jesus. Os demônios tinham-lhe aversão. Sua simples presença era suficiente para arruiná-los. O Mestre tornava-os incapazes de oprimir os seres humanos. Não lhes permitia exercer sua ação maligna sobre as pessoas. Antes, arranca-as de suas mãos, devolvendo-lhes a liberdade e a capacidade de decidir-se pela razão iluminada por Deus. A ação do mau espírito não se limita a determinados espaços, considerados profanos. Até mesmo numa assembleia litúrgica, como acontecia na sinagoga de Cafarnaum, encontra-se gente que não é movida pelo espírito de Deus. A simples presença física, num espaço tido como sagrado, não é suficiente para tornar a pessoa imune à ação do espírito inimigo de Jesus. O demônio lança seus tentáculos também aí. A única maneira de o discípulo do Reino manter-se imune das investidas do demônio consiste em tomar Jesus como centro da sua vida. Não mediante uma referência puramente teórica e abstrata, e sim, conformando-se com o projeto de vida do Mestre. Onde impera o amor e a prática da justiça – parâmetro da vida do discípulo –, não existe campo de ação para o mau espírito. – Senhor Jesus, que meu projeto de vida se conforme sempre mais com o teu, de modo que a ação do mau espírito não possa agir em mim” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite