(1Cor 8,1-7.11-13; Sl 138[139]; Lc 6,27-38) 23ª Semana do Tempo Comum.
“Sede misericordiosos, como também o
vosso Pai é misericordioso” Lc
6,36.
“O
ensinamento de Jesus a respeito do amor aos inimigos foi especificado de várias
maneiras. Responder o ódio com a prática do bem, a maldição com a bênção e a
calúnia com a oração são todas formas de amar os inimigos e, assim, quebrar a
espiral da violência. Oferecer a outra face a quem o esbofeteou e dar a
túnica a quem lhe tirou o manto são também sinais deste amor. O discípulo,
agindo assim, reverte uma maneira estereotipada de reagir, pela qual as pessoas
tendem a revidar o mal com o mal e a violência com violência. Só é capaz de
agir assim quem tem o coração repleto da misericórdia do Pai. Caso contrário,
não terá condições de realizar os gestos heroicos propostos por Jesus. O modelo
inspirador da ação cristã é a misericórdia do Pai. Ele é igualmente bondoso
para bons e maus. Se ele respondesse às ofensas humanas, eliminando o pecador,
boa parte da humanidade deveria desaparecer. O Pai tem paciência com os
ingratos e malvados por nutrir a esperança de que se convertam para a
misericórdia no trato mútuo. O mesmo se dá com o discípulo. A capacidade de
fazer frente à violência, com o amor, justifica-se pela esperança de conquistar
o malvado para o Reino. A atitude cristã pode fazer o perverso abandonar seu
caminho de violência e levá-lo a optar pelo caminho indicado por Jesus. – Senhor
Jesus, dá-me força e coragem para retribuir o ódio com o amor e, assim, poder
conquistar meus inimigos para o Reino” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso
de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite