Quinta, 12 de setembro de 2024

(1Cor 8,1-7.11-13; Sl 138[139]; Lc 6,27-38) 23ª Semana do Tempo Comum.

“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso” Lc 6,36.

“O ensinamento de Jesus a respeito do amor aos inimigos foi especificado de várias maneiras. Responder o ódio com a prática do bem, a maldição com a bênção e a calúnia com a oração são todas formas de amar os inimigos e, assim, quebrar a espiral da violência. Oferecer a outra face a quem o esbofeteou e dar a túnica a quem lhe tirou o manto são também sinais deste amor. O discípulo, agindo assim, reverte uma maneira estereotipada de reagir, pela qual as pessoas tendem a revidar o mal com o mal e a violência com violência. Só é capaz de agir assim quem tem o coração repleto da misericórdia do Pai. Caso contrário, não terá condições de realizar os gestos heroicos propostos por Jesus. O modelo inspirador da ação cristã é a misericórdia do Pai. Ele é igualmente bondoso para bons e maus. Se ele respondesse às ofensas humanas, eliminando o pecador, boa parte da humanidade deveria desaparecer. O Pai tem paciência com os ingratos e malvados por nutrir a esperança de que se convertam para a misericórdia no trato mútuo. O mesmo se dá com o discípulo. A capacidade de fazer frente à violência, com o amor, justifica-se pela esperança de conquistar o malvado para o Reino. A atitude cristã pode fazer o perverso abandonar seu caminho de violência e levá-lo a optar pelo caminho indicado por Jesus. – Senhor Jesus, dá-me força e coragem para retribuir o ódio com o amor e, assim, poder conquistar meus inimigos para o Reino (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite