(1Cor 3,1-9; Sl 32[33]; Lc 4,38-44) 22ª Semana do Tempo Comum.
“Com efeito, nós somos cooperadores de
Deus, vós sois lavoura de Deus, construção de Deus” 1Cor 3,9.
“Paulo,
embora começando pelos dons espirituais presentes em Corinto, declara a
completa ignorância destes dons por parte dos Coríntios, devido às divisões e o
protagonismo de alguns membros os quais, por dotes particulares, pretendem ter
alguns direitos sobre a vida dos fiéis. Mas o ministro de Deus é só um
instrumento nas mãos do Senhor, e contribui para o crescimento da Sua obra. Ao
ministro, embora julgando-se servo inútil, é confiada a tarefa de colaborar com
o Senhor. [Compreender a Palavra:] A distinção entre ‘pessoas naturais’ e
‘pessoas espirituais’ (v. 1) criou diversas incompreensões na História da
Igreja, julgando-se ideal dividir os fiéis em classes, conforme o grau de
compreensão da própria fé. Mas a intenção do Apóstolo Paulo não era criar mais
divisões no interior da Igreja, já que declara que todos os Coríntios são
‘homens naturais’, precisamente porque procuravam separar-se uns dos outros
distinguindo-se por privilégios ou pertenças especiais. É ‘espiritual’ quem
possui o mesmo espírito de Cristo, que Se fez servo de todos, para que cada
qual, desempenhando o seu trabalho, possa estar ao serviço do bem comum. Por
isso as tarefas pessoais e os carismas individuais devem colocar-se ao serviço
da comunhão, para que a comunidade cristã se torne polo de atração para todas
as pessoas. Quem é ministro na Igreja para um determinado cargo que lhe foi
confiado, sabe que não pode almejar mais do que ser colaborador de Deus e da
alegria dos irmãos” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Semanas de
XVIII-XXXIV] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite