Quarta, 25 de setembro de 2024

(Pr 30,5-9; Sl 118[119]; Lc 9,1-6) 25ª Semana do Tempo Comum.

“Afasta de mim a falsidade e a mentira, não me dês pobreza nem riqueza,

mas concede-me o pão que me é necessário” Pr 30,8.

“A Palavra de Deus mostra-se verdadeira na vida concreta: o Senhor é um refúgio autêntico para quem recorre a Ele. Os versículos 5-6 mostram que a palavra de Deus é profundamente diferente da humana, não pode ser manipulada, deve ser transmitida intacta. Os versículos 7-9 são uma oração em forma de provérbio numérico. O sábio procura somente a verdade e o necessário para o seu sustento. [Compreender a Palavra:] Para poder indicar o caminho certo, o sábio deve ser animado pelo amor à verdade. Não deve agradar os seus discípulos procurando o seu afeto, em vez do de Deus, endereçando-os assim para um caminho de morte e não de vida. Por isso, antes de morrer, ele pede a Deus que o ajude a dizer sempre a verdade, mesmo que incómoda. Em segundo lugar, sabe que também precisa viver. Ele deve comer todos os dias. Por isso pede ao Senhor o pão de cada dia. Não muito pouco, para que o seu coração não tenha que murmurar; e não demasiado, para que também ele não abandone o caminho da sabedoria, procurando a vida nos bens, como os estultos. A sabedoria tradicional tem uma posição muito equilibrada sobre a riqueza e sobre a relação com os bens. Cada qual deve trabalhar para procurar o necessário. A preguiça é combatida continuamente. Todos devem procurar alcançar o bem-estar para uma vida digna, procurando não apegar o coração aos bens, a não iludir-se que possam ser estes a construir a salvação do homem” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Semanas de XVIII-XXXIV] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite