(Pr 30,5-9; Sl 118[119]; Lc 9,1-6) 25ª Semana do Tempo Comum.
“Afasta de mim a falsidade e a mentira,
não me dês pobreza nem riqueza,
mas concede-me o pão que me é
necessário” Pr
30,8.
“A
Palavra de Deus mostra-se verdadeira na vida concreta: o Senhor é um refúgio
autêntico para quem recorre a Ele. Os versículos 5-6 mostram que a palavra de
Deus é profundamente diferente da humana, não pode ser manipulada, deve ser
transmitida intacta. Os versículos 7-9 são uma oração em forma de provérbio
numérico. O sábio procura somente a verdade e o necessário para o seu sustento.
[Compreender a Palavra:] Para poder indicar o caminho certo, o sábio deve ser
animado pelo amor à verdade. Não deve agradar os seus discípulos procurando o
seu afeto, em vez do de Deus, endereçando-os assim para um caminho de morte e
não de vida. Por isso, antes de morrer, ele pede a Deus que o ajude a dizer
sempre a verdade, mesmo que incómoda. Em segundo lugar, sabe que também precisa
viver. Ele deve comer todos os dias. Por isso pede ao Senhor o pão de cada dia.
Não muito pouco, para que o seu coração não tenha que murmurar; e não
demasiado, para que também ele não abandone o caminho da sabedoria, procurando
a vida nos bens, como os estultos. A sabedoria tradicional tem uma posição
muito equilibrada sobre a riqueza e sobre a relação com os bens. Cada qual deve
trabalhar para procurar o necessário. A preguiça é combatida continuamente.
Todos devem procurar alcançar o bem-estar para uma vida digna, procurando não
apegar o coração aos bens, a não iludir-se que possam ser estes a construir a
salvação do homem” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Semanas de
XVIII-XXXIV] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite