Sábado, 07 de setembro de 2024

(1Cor 4,6-15; Sl 144[145]; Lc 6,1-5) 22ª Semana do Tempo Comum.

“Então alguns fariseus disseram: ‘Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?” Lc 6,2.

“Os fariseus estavam atentos ao comportamento dos discípulos de Jesus. Quando notavam neles qualquer atitude que pudesse conotar desrespeito às tradições religiosas, apressavam-se em censurar-lhes. O alvo das censuras, no entanto, era Jesus. O fato de os discípulos atravessarem um trigal, em dia de sábado, e apanharem espigas para comer parecia-lhes uma clara infração do preceito do repouso sabático. Este gesto tão simples pareceu-lhes ser contrário à tradição. Jesus, porém, rebateu a advertência dos fariseus com dois argumentos. Em primeiro lugar, apresentou o caso de Davi, rei tido como piedoso e que não hesitou em comer os pães sagrados, num momento em que teve fome. E ninguém o condenou, embora isso não lhe fosse permitido. Em segundo lugar, Jesus era senhor também do sábado. Por conseguinte, tinha autoridade suficiente para permitir a seus discípulos fazer o que era proibido em dia de sábado. Evidentemente, o Mestre não agia assim por leviandade. Nem tampouco com o puro intuito de chocar os ‘piedosos’ fariseus. Jesus se diferenciava dos fariseus pelo fato, também, de se recusar a absolutizar as tradições religiosas. O respeito a essas tradições, para Jesus, só tinha sentido quando fosse para o bem das pessoas. – Senhor Jesus, livra-me do apego às práticas religiosas, até o ponto de absolutizá-las, deixando-me desumanizar por elas (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite