(1Cor 4,6-15; Sl 144[145]; Lc 6,1-5) 22ª Semana do Tempo Comum.
“Então alguns fariseus disseram: ‘Por
que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?” Lc 6,2.
“Os
fariseus estavam atentos ao comportamento dos discípulos de Jesus. Quando
notavam neles qualquer atitude que pudesse conotar desrespeito às tradições
religiosas, apressavam-se em censurar-lhes. O alvo das censuras, no entanto,
era Jesus. O fato de os discípulos atravessarem um trigal, em dia de sábado, e
apanharem espigas para comer parecia-lhes uma clara infração do preceito do
repouso sabático. Este gesto tão simples pareceu-lhes ser contrário à tradição.
Jesus, porém, rebateu a advertência dos fariseus com dois argumentos. Em
primeiro lugar, apresentou o caso de Davi, rei tido como piedoso e que não
hesitou em comer os pães sagrados, num momento em que teve fome. E ninguém o
condenou, embora isso não lhe fosse permitido. Em segundo lugar, Jesus era
senhor também do sábado. Por conseguinte, tinha autoridade suficiente para permitir
a seus discípulos fazer o que era proibido em dia de sábado. Evidentemente, o
Mestre não agia assim por leviandade. Nem tampouco com o puro intuito de chocar
os ‘piedosos’ fariseus. Jesus se diferenciava dos fariseus pelo fato, também,
de se recusar a absolutizar as tradições religiosas. O respeito a essas
tradições, para Jesus, só tinha sentido quando fosse para o bem das pessoas.
– Senhor Jesus, livra-me do apego às práticas religiosas, até o ponto
de absolutizá-las, deixando-me desumanizar por elas” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite