Segunda, 23 de setembro de 2024

(Pr 3,27-34; Sl 14[15]; Lc 8,16-18) 25ª Semana do Tempo Comum.

“Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ao contrário, coloca-a no candeeiro, a fim de que todos os que entram vejam a luz” Lc 8,16.

“A insistência de Jesus no tema da humildade e do serviço não dispensava os discípulos de exercerem uma ação eficaz, visando a transformação do mundo. O serviço humilde era, para Jesus, algo relevante; não podia ser reservado ao âmbito do privado. A humanidade deveria encontrar, no agir do discípulo, um modelo inspirador. O Mestre ilustrou este ensinamento com a parábola da lâmpada colocada num lugar estratégico, de modo que sua luz atingisse todos os recantos da casa. Seria insensato colocá-la debaixo da cama, pois seu lugar natural é um candelabro bem situado. O discípulo, sem se deixar levar pelo orgulho e pela vanglória, não tem medo de fazer o bem à vista de todos. Sua ação resplandecente de amor e solidariedade ilumina as trevas do egoísmo, que contaminaram a ação humana. A violência é denunciada pela firmeza dos mansos e humildes de coração. O egoísmo revela sua face perversa ao ser colocado em contraste com o amor e a solidariedade. Os que creem na justiça identificam toda ação injusta. E, assim, todo agir inspirado na proposta do Reino vai na contramão de situações desumanizadoras que devem ser denunciadas. Isto se dá quando o discípulo do Reino tem a coragem de fazer-lhes frente, como a luz enfrenta e elimina as trevas. Portanto, é incompatível com sua vocação deixar de enfrentar o mundo que deve ser evangelizado. – Senhor Jesus, tira de mim o medo e a covardia que me impedem de iluminar, com minhas ações, o que, no nosso mundo, está mergulhado nas trevas (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite