Sexta, 27 de setembro de 2024

(Ecl 3,1-11; Sl 143[144]; Lc 9,18-22) 25ª Semana do Tempo Comum.   

“Estava rezando num lugar retirado e os discípulos estavam com ele. Então, Jesus perguntou-lhes:

‘Quem diz o povo que sou?’” Lc 9,18.

“A experiência de contato com Jesus permitia aos discípulos formarem uma ideia a respeito dele. Suas palavras e seus gestos revelavam sua identidade. O senhorio de Deus em sua vida ficava patente na consciência de ser o Filho, enviado para falar as palavras do Pai e realizar suas obras. As dimensões do poder que lhe fora conferido podiam ser percebidas nos milagres e prodígios que realizava. Sua liberdade interior evidenciava-se na insubmissão a certos costumes e tradições, absolutizados por algumas facções religiosas da época. Sua visão de sociedade manifestava-se no trato acolhedor dispensado às pessoas vítimas de marginalização, na solidariedade com os sofredores, na sensibilidade diante das injustiças, no serviço à restauração da vida. Tudo isto tinha como eixo o Reino de Deus, anunciado e implementado por ele. Quando Jesus dirigiu-se a seus discípulos a pergunta ‘quem sou eu?’, eles já possuíam elementos para formular uma resposta correta, diferente daquela corrente no meio popular. A resposta de Pedro, em nome do grupo, resumia a opinião de todos os discípulos. E Jesus confirmou a resposta dada. Entretanto, viu-se na obrigação de oferecer um esclarecimento. O Messias estava destinado a sofrer muito, ser vítima de rejeição, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Que os discípulos contassem com isto! – Senhor Jesus, dá-me inteligência para conhecer, sempre mais, tua identidade manifestada na tua vida de serviço ao Reino de Deus (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite