(Ecl 3,1-11; Sl 143[144]; Lc 9,18-22) 25ª Semana do Tempo Comum.
“Estava rezando num lugar retirado e os
discípulos estavam com ele. Então, Jesus perguntou-lhes:
‘Quem diz o povo que sou?’” Lc 9,18.
“A
experiência de contato com Jesus permitia aos discípulos formarem uma ideia a
respeito dele. Suas palavras e seus gestos revelavam sua identidade. O senhorio
de Deus em sua vida ficava patente na consciência de ser o Filho, enviado para
falar as palavras do Pai e realizar suas obras. As dimensões do poder que lhe
fora conferido podiam ser percebidas nos milagres e prodígios que realizava.
Sua liberdade interior evidenciava-se na insubmissão a certos costumes e
tradições, absolutizados por algumas facções religiosas da época. Sua visão de
sociedade manifestava-se no trato acolhedor dispensado às pessoas vítimas de
marginalização, na solidariedade com os sofredores, na sensibilidade diante das
injustiças, no serviço à restauração da vida. Tudo isto tinha como eixo o Reino
de Deus, anunciado e implementado por ele. Quando Jesus dirigiu-se a seus
discípulos a pergunta ‘quem sou eu?’, eles já possuíam elementos para formular
uma resposta correta, diferente daquela corrente no meio popular. A resposta de
Pedro, em nome do grupo, resumia a opinião de todos os discípulos. E Jesus
confirmou a resposta dada. Entretanto, viu-se na obrigação de oferecer um
esclarecimento. O Messias estava destinado a sofrer muito, ser vítima de
rejeição, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Que os discípulos
contassem com isto! – Senhor Jesus, dá-me inteligência para conhecer,
sempre mais, tua identidade manifestada na tua vida de serviço ao Reino de Deus” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite