(1Ts 5,1-6.9-11; Sl 26[27]; Lc 4,31-37) 22ª Semana do Tempo Comum.
“Portanto, não durmamos, como os outros, mas
sejamos vigilantes e sóbrios” Lc
4,6.
“Depois de ter tomado em consideração a realidade
daqueles que morrem sem ter visto o cumprimento da promessa, Paulo enfrenta o
tema do ‘dia do Senhor’. Em sintonia com o que Jesus afirma nos evangelhos (cf.
21,8 ss. E paralelos), o Apóstolo declara a completa ignorância dos crentes a
cerca do ‘tempo’ e da ‘ocasião’ (v. 1) da vinda de Cristo. Mais do que
preocupar-se com isso, vale a pena trabalhar para permanecerem despertos e
vigiar, a fim de participarem, desde já, na vida do Ressuscitado e permanecer
com Ele. [Compreender a Palavra:] O convite à vigilância e à sobriedade é
motivado pela urgência de nada dar por definitivo, mesmo quando as coisas
parecem correr bem e não acontecem desgraças. Paulo sublinha a possibilidade de
uma mudança imprevista de situação, que não pode ser calculada ou prevista,
porque é a expressão da intervenção livre do Deus que decide os tempos e os momentos.
A atitude de vigilância atuante é, por isso tudo, o que nos torna prontos para
acolher as surpresas inéditas do Senhor que vem quando quer. As imagens da
‘mulher grávida’ (v. 3) e das ‘trevas’ (v. 4) têm como denominador comum o
despontar de uma nova identidade que abre os olhos para o mundo. Tendo os
crentes já renascido no Batismo, foram investidos pela força da ressurreição de
Cristo, pelo que não há momentos, nem mesmo quando se está em repouso, no qual
se julgam donos definitivos do tempo ou da vida. Esta permanece nas mãos de
Deus e submissa à ação do Espírito de vida, que ressuscitou Jesus de Nazaré dos
mortos” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite