Terça, 5 de setembro de 2023

(1Ts 5,1-6.9-11; Sl 26[27]; Lc 4,31-37) 22ª Semana do Tempo Comum.

“Portanto, não durmamos, como os outros, mas sejamos vigilantes e sóbrios” Lc 4,6.

“Depois de ter tomado em consideração a realidade daqueles que morrem sem ter visto o cumprimento da promessa, Paulo enfrenta o tema do ‘dia do Senhor’. Em sintonia com o que Jesus afirma nos evangelhos (cf. 21,8 ss. E paralelos), o Apóstolo declara a completa ignorância dos crentes a cerca do ‘tempo’ e da ‘ocasião’ (v. 1) da vinda de Cristo. Mais do que preocupar-se com isso, vale a pena trabalhar para permanecerem despertos e vigiar, a fim de participarem, desde já, na vida do Ressuscitado e permanecer com Ele. [Compreender a Palavra:] O convite à vigilância e à sobriedade é motivado pela urgência de nada dar por definitivo, mesmo quando as coisas parecem correr bem e não acontecem desgraças. Paulo sublinha a possibilidade de uma mudança imprevista de situação, que não pode ser calculada ou prevista, porque é a expressão da intervenção livre do Deus que decide os tempos e os momentos. A atitude de vigilância atuante é, por isso tudo, o que nos torna prontos para acolher as surpresas inéditas do Senhor que vem quando quer. As imagens da ‘mulher grávida’ (v. 3) e das ‘trevas’ (v. 4) têm como denominador comum o despontar de uma nova identidade que abre os olhos para o mundo. Tendo os crentes já renascido no Batismo, foram investidos pela força da ressurreição de Cristo, pelo que não há momentos, nem mesmo quando se está em repouso, no qual se julgam donos definitivos do tempo ou da vida. Esta permanece nas mãos de Deus e submissa à ação do Espírito de vida, que ressuscitou Jesus de Nazaré dos mortos” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite