Sábado, 02 de setembro de 2023

(1Ts 4,9-11; Sl 97[98]; Mt 25,14-30) 21ª Semana do Tempo Comum.

“Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens” Mt 25,14.

“Mateus viu no senhor certamente a figura do próprio Jesus que, na ascensão, se retirou dos homens e que, no fim dos tempos, voltará em sua glória. Os servos são os cristãos aos quais Deus confiou o seu patrimônio. É uma imagem que revela a dignidade de todo ser humano. A cada um, Deus confiou algo de seu próprio patrimônio. Os talentos foram interpretados de diversas maneiras na tradição espiritual. Para Orígenes, eles representam a palavra de Deus. Os cinco talentos simbolizariam, então, a compreensão espiritual da Escritura. Os dois talentos remeteriam às pessoas que, ao lado da compreensão literal, contam também com um sentido espiritual. Um único talento significaria que a pessoa fica ao sentido literal. Outros interpretam os cincos talentos como os cinco sentidos que o ser humano recebeu de Deus. Na Idade Média, todos os dons e carismas que Deus deu aos homens são chamados de talentos. A multiplicação dos talentos era vista como o amor que torna a nossa vida fecunda. Esconder o talento na terra era considerado já na Idade Média como um sinal de medo. Quem tem medo gira só em torno de si mesmo. Ele não conhece a liberdade de dar-se no amor” (Anselm Grün – Jesus, Mestre da Salvação – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite