(1Ts 4,9-11; Sl 97[98]; Mt 25,14-30) 21ª Semana do Tempo Comum.
“Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus
empregados e lhes entregou seus bens” Mt
25,14.
“Mateus viu no senhor certamente a figura do
próprio Jesus que, na ascensão, se retirou dos homens e que, no fim dos tempos,
voltará em sua glória. Os servos são os cristãos aos quais Deus confiou o seu
patrimônio. É uma imagem que revela a dignidade de todo ser humano. A cada um,
Deus confiou algo de seu próprio patrimônio. Os talentos foram interpretados de
diversas maneiras na tradição espiritual. Para Orígenes, eles representam a
palavra de Deus. Os cinco talentos simbolizariam, então, a compreensão
espiritual da Escritura. Os dois talentos remeteriam às pessoas que, ao lado da
compreensão literal, contam também com um sentido espiritual. Um único talento
significaria que a pessoa fica ao sentido literal. Outros interpretam os cincos
talentos como os cinco sentidos que o ser humano recebeu de Deus. Na Idade
Média, todos os dons e carismas que Deus deu aos homens são chamados de
talentos. A multiplicação dos talentos era vista como o amor que torna a nossa
vida fecunda. Esconder o talento na terra era considerado já na Idade Média
como um sinal de medo. Quem tem medo gira só em torno de si mesmo. Ele não
conhece a liberdade de dar-se no amor” (Anselm
Grün – Jesus, Mestre da Salvação – Loyola).
Pe.
João Bosco Vieira Leite