Terça, 26 de setembro de 2023

(Es 6,7-8.12.14-20; Sl 121[122]; Lc 8,19-21) 25ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus respondeu: ‘Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus

e a põem em prática’” Lc 8,21

“A presença inesperada da mãe e dos irmãos, seus parentes próximos, ofereceu a Jesus a chance de explicar o tema da ligação entre ele e os discípulos, bem como de repensar a questão dos laços que o ligavam à sua família de Nazaré. Jesus relativizou a vinculação familiar, à base dos laços de sangue. Existe algo mais fundamental que estabelece vínculos profundos com ele, para além do círculo familiar: a escuta e a prática da Palavra de Deus. Portanto, é a vontade do Pai o elo de ligação entre Jesus e os discípulos do Reino. Ele é quem vincula a grande família do Reino, encabeçada por Jesus. E o sinal de que todos pertencem à mesma família é dado pelo modo como agem. Não se trata de genealogias, nem de nomes, e sim da ação compatível com a vontade do Pai. Todos sabem que pertencem à mesma família por terem idêntico modo de proceder. Os irmãos e as irmãs se reconhecem mutuamente pela mesma prática do amor, pela disposição a perdoar e viver reconciliados, pelo desejo de formar comunidade, recusando-se a oprimir e explorar o semelhante. É assim que se comportam os familiares do Mestre. Quanto à mãe de Jesus, ela, mais do que ninguém, sabe ouvir a Palavra de Deus e pautou por essa Palavra toda a sua existência. O novo critério enunciado por Jesus de forma alguma a diminui, antes, confirma-a na sua condição de mãe. Sua fidelidade a Deus foi a toda prova. – Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite