(Es 6,7-8.12.14-20; Sl 121[122]; Lc 8,19-21) 25ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus respondeu: ‘Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a
Palavra de Deus
e a põem em prática’” Lc 8,21
“A presença inesperada da mãe e
dos irmãos, seus parentes próximos, ofereceu a Jesus a chance de explicar o
tema da ligação entre ele e os discípulos, bem como de repensar a questão dos
laços que o ligavam à sua família de Nazaré. Jesus relativizou a vinculação
familiar, à base dos laços de sangue. Existe algo mais fundamental que
estabelece vínculos profundos com ele, para além do círculo familiar: a escuta
e a prática da Palavra de Deus. Portanto, é a vontade do Pai o elo de ligação
entre Jesus e os discípulos do Reino. Ele é quem vincula a grande família do
Reino, encabeçada por Jesus. E o sinal de que todos pertencem à mesma família é
dado pelo modo como agem. Não se trata de genealogias, nem de nomes, e sim da
ação compatível com a vontade do Pai. Todos sabem que pertencem à mesma família
por terem idêntico modo de proceder. Os irmãos e as irmãs se reconhecem
mutuamente pela mesma prática do amor, pela disposição a perdoar e viver
reconciliados, pelo desejo de formar comunidade, recusando-se a oprimir e explorar
o semelhante. É assim que se comportam os familiares do Mestre. Quanto à mãe de
Jesus, ela, mais do que ninguém, sabe ouvir a Palavra de Deus e pautou por essa
Palavra toda a sua existência. O novo critério enunciado por Jesus de forma
alguma a diminui, antes, confirma-a na sua condição de mãe. Sua fidelidade a
Deus foi a toda prova. – Pai, que minha condição de membro da grande
família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar,
quero dar provas de ser teu filho” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano
A] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite