Sábado, 30 de setembro de 2023

(Zc 2,5-9.14-15; Sl Jr 31; Lc 9,43-45) 25ª Semana do Tempo Comum.

“Mas os discípulos não compreendiam o que Jesus dizia. O sentido lhes ficava escondido,

de modo que não podiam entender; e eles tinham medo de perguntar sobre o assunto” Lc 9,45.

“O anúncio da paixão que se aproximava soou, aos ouvidos dos discípulos de Jesus, como palavras obscuras. Eles se maravilhavam com os feitos de Jesus, manifestações de um poder até então desconhecido. Suas palavras cheias de sabedoria e autoridade não deixavam margem para dúvida: ele só poderia ter vindo de Deus. A maneira lúcida como enfrentava os adversários, impedindo que o enredassem em suas artimanhas, dava margem para nutrirem fundadas esperanças a respeito dele. Por isso, o anúncio de que o ‘Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens’ tomou-os de surpresa. Estavam despreparados para compreender que o caminho de ingresso no Reino passaria, inevitavelmente, pela cruz. Eram incapazes de compreender que o mistério de Jesus, enquanto fundado na dinâmica do Reino, estava fadado a estabelecer uma luta feroz contra seus opositores. E como Jesus se recusaria a lançar mãos de meios violentos para se defender, embora pudesse suplicar a intervenção do Pai, chegaria o tempo em que não teria como se safar da fúria sanguinária de seus inimigos. A compreensão dos discípulos só seria superada se fossem capazes de avaliar os acontecimentos ligados a Jesus, a partir da ótica de Deus. Apegados à sua mentalidade humana, estariam condenados a permanecer na obscuridade. Ainda que interrogassem Jesus e tivessem melhores informações, haveriam de continuar na mesma situação. – Pai, dá-me a graça de considerar a paixão de Jesus a partir de teu modo de pensar. Só então compreenderei que se tratou da prova máxima de fidelidade a ti (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite