Quinta, 28 de setembro de 2023

(Ag 1,1-8; Sl 149; Lc 9,7-9) 25ª Semana do Tempo Comum.

“... mas subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; ela me será aceitável, nela me glorificarei,

diz o Senhor” Lc 9,8.

“O nome Ageu significa ‘aquele que nasceu em dia de festa’. Depois de o édito de Ciro ter concedido aos deportados licença para regressarem à pátria, com a finalidade de reconstruírem o Templo, começou o retorno dos israelitas exilados à Judeia. Mas estes encontraram, ao chegar, uma situação precária, sobretudo porque a maioria dos Judeus que tinham permanecido na terra não os via com agrado. De fato, muitos dos que tinham permanecido, tinham-se apoderado das casas e dos bens dos exilados. Ageu encoraja e ampara Zorobabel e Josué, os responsáveis pelos judeus retornados, na obra da reconstrução do Templo de Jerusalém, o qual foi inaugurado no ano de 515 a.C., pouco mais de vinte anos depois do regresso. [Compreender a Palavra:] O texto não traz a vocação do profeta Ageu, mas subentende-a. Deste profeta, de resto, não sabemos praticamente nada, senão que se identifica completamente com a sua mensagem. A leitura de hoje evidencia a missão principal confiada por Deus a este homem, ligada à reconstrução do Templo, garantia de uma nova habitação de JHWH no meio do seu Povo. Na perspectiva da pregação de Ageu não está o Templo como lugar de sacrifícios, mas como morada do Senhor e, portanto, como lugar de encontro da comunidade com o Deus da Aliança, presente com a Sua graça. O povo diz, ‘Não chegou ainda o tempo de reconstruir o templo do Senhor’, porque somos muito pobres. Mas Ageu responde: Vós sois pobres porque não reconstruís o Templo. Nele, de fato, é possível encontrar o Senhor, que dá alimento a todas as Suas criaturas. O profeta compreende a importância do Templo, enquanto lugar capaz de dar significado à vida de cada um e das comunidades, de restituir a coragem que tinha esmorecido. A sua reedificação pode marcar uma reviravolta na consciência do povo e na capacidade de recuperação, sob todos os pontos de vista” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite