(1Tm 1,15-17; Sl 112[113]; Lc 6,43-49) Santos Cornélio e Cipriano, papa e bispos mártires.
“Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!, mas não
fazeis o que eu digo?” Lc
6,46.
“É inútil o discípulo fazer sua confissão de fé e
proclamar ‘Senhor, Senhor’, quando sua vida destoa deste testemunho de adesão a
Jesus. De nada vale o palavreado vazio sem o respaldo das boas obras. A sua
condição de discípulo revela-se com gestos concretos de amor e misericórdia no
trato mútuo, de modo especial com os mais pobres. Jesus ofereceu um critério de
discernimento, útil para distinguir os verdadeiros dos falsos profetas e
líderes da comunidade. Servindo-se de linguagem metafórica, formulou-o assim: a
qualidade da árvore é conhecida pela qualidade de seu fruto. Os frutos bons
provêm de árvores boas. Pelo contrário, as árvores ruins produzem frutos ruins.
Aplicado ao discipulado cristão e à liderança eclesial, significa que a bondade
ou a maldade dos discípulos e dos líderes manifesta-se não pelo que dizem, mas
pelo que fazem. Se a vida deles for um testemunho inequívoco de amor solidário
aos demais, pode-se dar crédito aos seus ensinamentos e segui-los. Mas urge
acautelar-se dos indivíduos que se mostram pródigos no falar e parcos no fazer,
ou então, pregam o amor e são opressores do próximo; ensinam a justiça e se
destacam por serem injustos; exigem solidariedade e partilha e se fecham
egoisticamente em torno do que acumularam; proclamam o valor do perdão, mas
cultivam no coração o ódio e o rancor. – Pai, desejo viver com
coerência minha fé. Seja o meu agir uma expressão transparente de minha adesão
ao Senhor, e o meu amor, uma prova de que sou teu filho” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite