(Dn 7,9-10.13-14; Sl 137[138]; Jo 1,47-51) Santos Miguel, Gabriel e Rafael, arcanjos.
“E Jesus continuou: ‘Em verdade, em verdade, eu vos digo, vereis o céu
aberto
e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem’” Jo 1,51.
“São os anjos que louvam
continuamente a Deus e ‘participam, do modo que lhes é próprio, do governo de
Deus sobre a Criação como ‘poderosos executores das suas ordens’ (Sl 109),
conforme o plano estabelecido pela Divina Providência. Os anjos têm por missão
cuidar com especial solicitude de todos os homens, em favor dos quais
apresentam a Deus as suas súplicas e orações’ (São João Paulo II, Audiência
Geral). A sua função como embaixadores de Deus estendeu-se a cada um dos
homens, principalmente àqueles que têm como responsabilidade específica no
plano salvífico (aos sacerdotes, por exemplo), e a todas as nações. Todos os
dias, a todas as horas, no mundo inteiro, ‘no coração da santa missa’, apela-se
aos Anjos e aos Arcanjos para cantar glória a Deus. Hoje, é particularmente
oportuno considerarmos que a Igreja honra na sua liturgia ‘três figuras
angélicas a quem a Sagrada Escritura chama com um nome. O primeiro é o Arcanjo
Miguel (cfr. Daniel 10,13.20; Ap 12,7; Jd 9). O seu nome expressa em síntese
uma atitude essencial dos espíritos bons: Mica-El significa Quem como Deus?’ O
segundo é Gabriel, ‘figura ligada sobretudo ao mistério da Encarnação do Filho
de Deus. O seu nome significa: O meu poder é Deus ou Poder de Deus’. Por
último, Rafael, cujo nome ‘significa: Deus cura’. Meditando sobre a missão que
lhes foi confiada, compreendemos o ensinamento contido na Epístola aos Hebreus:
‘Porventura não são todos esses espíritos ministros de Deus, enviados para
exercer o seu ministério a favor daqueles que hão de receber a herança da
salvação?’ (Hb 1,14). A existência dos anjos e a sua proximidade nos nossos
afazeres quotidianos movem-nos a pedir com Liturgia da Missa: ‘Ó Deus, que
organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei que
sejamos protegidos na terra por aqueles que Vos assistem continuamente nos
céus’ (Oração de Coleta da missa). Devemos incontáveis ajudas diárias aos
nossos Anjos da Guarda, cuja festa celebraremos dentro de uns dias, bem como aos
Santos Arcanjos. São uma prova palpável do amor que Deus Pai tem pelos seus
filhos. Recorremos a eles com frequência no meio de nossos trabalhos diários?
Tratamo-lo com confiança, pedindo-lhes que nos ajudem a servir a Deus e que nos
protejam na nossa luta diária? Sentimo-nos seguros na sua companhia ao longo do
dia, especialmente quando chega a tribulação ou quando estamos prestes a perder
a serenidade e a paz dos filhos de Deus” (Francisco Fernandez-Carvajal – Falar com Deus –
Vol. 7 – Quadrante).
Pe. João Bosco Vieira Leite