Sexta, 29 de setembro de 2023

(Dn 7,9-10.13-14; Sl 137[138]; Jo 1,47-51) Santos Miguel, Gabriel e Rafael, arcanjos.

“E Jesus continuou: ‘Em verdade, em verdade, eu vos digo, vereis o céu aberto

e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem’” Jo 1,51.

“São os anjos que louvam continuamente a Deus e ‘participam, do modo que lhes é próprio, do governo de Deus sobre a Criação como ‘poderosos executores das suas ordens’ (Sl 109), conforme o plano estabelecido pela Divina Providência. Os anjos têm por missão cuidar com especial solicitude de todos os homens, em favor dos quais apresentam a Deus as suas súplicas e orações’ (São João Paulo II, Audiência Geral). A sua função como embaixadores de Deus estendeu-se a cada um dos homens, principalmente àqueles que têm como responsabilidade específica no plano salvífico (aos sacerdotes, por exemplo), e a todas as nações. Todos os dias, a todas as horas, no mundo inteiro, ‘no coração da santa missa’, apela-se aos Anjos e aos Arcanjos para cantar glória a Deus. Hoje, é particularmente oportuno considerarmos que a Igreja honra na sua liturgia ‘três figuras angélicas a quem a Sagrada Escritura chama com um nome. O primeiro é o Arcanjo Miguel (cfr. Daniel 10,13.20; Ap 12,7; Jd 9). O seu nome expressa em síntese uma atitude essencial dos espíritos bons: Mica-El significa Quem como Deus?’ O segundo é Gabriel, ‘figura ligada sobretudo ao mistério da Encarnação do Filho de Deus. O seu nome significa: O meu poder é Deus ou Poder de Deus’. Por último, Rafael, cujo nome ‘significa: Deus cura’. Meditando sobre a missão que lhes foi confiada, compreendemos o ensinamento contido na Epístola aos Hebreus: ‘Porventura não são todos esses espíritos ministros de Deus, enviados para exercer o seu ministério a favor daqueles que hão de receber a herança da salvação?’ (Hb 1,14). A existência dos anjos e a sua proximidade nos nossos afazeres quotidianos movem-nos a pedir com Liturgia da Missa: ‘Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei que sejamos protegidos na terra por aqueles que Vos assistem continuamente nos céus’ (Oração de Coleta da missa). Devemos incontáveis ajudas diárias aos nossos Anjos da Guarda, cuja festa celebraremos dentro de uns dias, bem como aos Santos Arcanjos. São uma prova palpável do amor que Deus Pai tem pelos seus filhos. Recorremos a eles com frequência no meio de nossos trabalhos diários? Tratamo-lo com confiança, pedindo-lhes que nos ajudem a servir a Deus e que nos protejam na nossa luta diária? Sentimo-nos seguros na sua companhia ao longo do dia, especialmente quando chega a tribulação ou quando estamos prestes a perder a serenidade e a paz dos filhos de Deus” (Francisco Fernandez-Carvajal – Falar com Deus – Vol. 7 – Quadrante).

Pe. João Bosco Vieira Leite