Segunda, 04 de julho de 2022

(Os 2,16-18.21-22; Sl 144[145]; Mt 9,18-26) 

14ª Semana do Tempo Comum.                                                                                           

“Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: ‘Coragem filha! A tua fé te salvou’.

E a mulher ficou curada a partir daquele instante” Mt 9,22.

“Tanto a cura da mulher, vítima de uma persistente hemorragia, quanto a ressurreição da filha de uma pessoa importante acontecem no âmbito da fé. Observando os fatos com um olhar superficial, parece que a mulher e o chefe judeu tinham uma visão mágica do poder taumatúrgico do Mestre. Tem-se a impressão de que o chefe pensava que a ressurreição de sua filha pudesse depender da imposição das mãos de Jesus, ou seja, que a menina retornaria à vida mediante um gesto mágico, e que, por sua vez, a mulher acreditasse poder ser curada por meio de um simples toque no manto dele. Sabemos que no coração da mulher havia algo mais que uma esperança mágica. Havia muita fé! E isto o deduzimos da declaração de Jesus: ‘Tua fé te salvou’. O que vale também para o homem, cuja filha tinha morrido. Apenas uma visão mágica do poder taumatúrgico do Mestre seria insuficiente para movê-lo a beneficiar alguém. A fé consiste em abandonar-se totalmente nas mãos de Jesus, pondo nele toda a confiança. Portanto, acontece num contexto de relações interpessoais, e não apenas entre uma pessoa e um objeto, como se passa no mundo da magia. E mais, a fé interpela a pessoa a fazer espaço, em sua vida, para acolher Jesus, deixando-se transformar por ele. Por conseguinte, para ser salvífica, a fé deve ser existencial e abrir o fiel para o amor. – Espírito de abandono nas mãos do Senhor, leva-me a colocar nele toda a minha confiança, de forma a abrir meu coração para uma fé portadora de salvação (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite