Segunda, 01 de agosto de 2022

(Jr 28,1-17; Sl 118[119]; Mt 14,13-21) 

18ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus, porém, lhes disse: ‘Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!’” Mt 14,16.

“A ordem dada aos discípulos – ‘Deem-lhes de comer!’ – pode ter-lhes soado como uma ironia. Havia condições de saciar uma multidão, reunida num lugar deserto para escutar Jesus? Não seria lógico despedi-la para que pudesse comprar alimentos nas aldeias vizinhas? A ordem do Mestre parecia impossível de ser executada. Contudo, começou a ser superada, quando os discípulos apresentaram a quantidade de alimentos disponível: cinco pães e dois peixes. Bastou-lhes coloca-los à disposição de todos, para que ninguém voltasse para casa faminto. Assim aconteceu! Num gesto quase litúrgico, Jesus tomou os pães e os peixes, ergueu os olhos para os céus, abençoou-os, partiu-os, deu-os aos discípulos e estes, à multidão. A pequena porção de alimento começou a ser condividida. E todos comeram até à saciedade. E mais, sobraram doze cestos cheios, apesar da enorme quantidade de gente. Este episódio contém um claro ensinamento. O problema da fome resolve-se com a partilha. Se tivessem ido às aldeias, quem tivesse dinheiro e fosse mais esperto, fartar-se-ia. Quanto aos pobres e menos ágeis ficariam em desvantagem, permanecendo famintos. Esta situação é incompatível com o Reino, cujo projeto de fraternidade supera todo tipo de desigualdade. – Espírito de fraternidade, não permitas que eu me apegue àquilo que possuo, quando tantas pessoas estão à espera da minha generosidade para sobreviver (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite