Quinta, 7 de julho de 2022

(Os 11,1-4.8-9; Sl 79[80]; Mt 10,7-15) 

14ª Semana do Tempo Comum.

“Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas,

nem sandálias, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento” Mt 10,9-10.

“A lei exigia que os rabinos ensinassem gratuitamente. Eles foram proibidos de receber dinheiro com exceção quando cuidavam de crianças. A mesma lei era aplicada e invalidada quando alguém atuava como juiz e cobrava pelos serviços. Esses costumes eram observados e, citados por Jesus, evitam interferências negativas na missão. Os cintos eram as carteiras dos judeus e os alforjes eram uma espécie de mochila, que servia para carregar mantimentos. Nada de peso extra. Estes itens poderiam deixar seus discípulos a se ocuparem com segurança, sustento, bagagem pesada. Eles provavelmente perderiam o foco principal do trabalho. Estas necessidades, também importantes, seriam supridas por Deus e pelos irmãos interessados na causa nobre. Jesus não quer criar uma dificuldade para seus discípulos. Propõe uma solução. Seus discípulos não devem dar a impressão de serem homens de negócio. As instruções de Jesus indicam que o homem de Deus tem prioridades sobre as coisas materiais. Jesus ensina igualmente que o obreiro é digno de seu alimento. É certo que o rabino não estava autorizado a receber pagamento por seus ensinamentos. Porém, ao mesmo tempo, considerava-se um privilégio e dever dar de comer aos mestres religiosos. Uma dupla verdade é ensinada. Primeiro que o discípulo de Deus nunca deve preocupar-se demasiadamente com coisas materiais. E, em segundo lugar, o povo de Deus nunca deve ignorar seu dever de que os discípulos de Deus recebam tudo que razoavelmente podem necessitar para o sustento pessoal ou coletivo. Esta passagem estabelece uma obrigação tanto sobre o ministro como sobre o povo. – Senhor! Por vezes carregamos muitas tralhas que impedem nossa total liberdade em servi-lo. Livra-nos delas por amor de Jesus. Amém (Arnaldo Hoffmann Filho – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite