(At 8,1-8; Sl 65[66]; Jo 6,35-40)
3ª Semana da Páscoa.
“Eu sou o pão da
vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede” Jo 6,35.
“Ao afirmar ser o pão
da vida, Jesus estava evocando um fato importante da história de Israel, o
êxodo do Egito e a longa travessia pelo deserto, onde o povo, faminto e
sedento, foi saciado pela Providência divina. Aliás, jamais o povo viu-se
privado de pão e água, naquela circunstância delicada de sua história, pois
Deus caminhava com ele. Da mesma forma, a Providência divina jamais deixou de
agir em favor da humanidade, por meio de seu Filho Jesus. Quem dele se acerca,
não terá mais fome nem sede. Antes, poderá estar certo de ter forças para
alcançar à meta da caminhada. A evocação do êxodo oferece uma perspectiva
particular para considerar quem, na fé, adere ao Ressuscitado. O cristão faz
parte do verdadeiro povo de Deus, a caminho para a casa do Pai. É o êxodo
definitivo, durante o qual defronta-se com toda sorte de desafios, correndo o
risco de não perseverar até o fim. Sabendo-se saciado pelo alimento celeste –
Jesus –, o cristão recobra as forças, e não se deixa abater pelos reveses da
vida. A Eucaristia sacramentaliza esta experiência de fé. Alimentando-se com o
pão eucarístico os cristãos revigoram sua fé no Senhor ressuscitado. É o
alimento verdadeiro. Engana-se quem imagina poder enfrentar o deserto do mundo,
sem contar com ele. – Espírito que sacia nossos anseios profundos,
guia-me ao Ressuscitado, junto do qual não terei mais fome nem sede” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite