(At 1,15-17.20-26; Sl 112[113]; Jo 15,9-17)
São Matias, Apóstolo. *
“Então tiraram a
sorte entre os dois. A sorte caiu em Matias, o qual foi juntado ao número
dos onze apóstolos”
At 1,26.
“No capítulo I dos
Atos dos Apóstolos vem narrada a eleição desse apóstolo, chamado a recompor o
número dos Doze, após a defecção de Judas Iscariotes. Pedro sugeriu o
método já posto em prática no Antigo Testamento: tirar a sorte entre dois
candidatos. Eram estes José, cognominado o Justo, e Matias. Ambos
preenchiam os requisitos para a missão apostólica. ‘E necessário, pois, que,
destes homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor viveu no
meio de nós, a começar pelo batismo de João até o dia em que nos foi
arrebatado, haja um que se torne conosco testemunha de sua ressurreição.’ Antes
de tirar a sorte, os apóstolos pediram: ‘Mostra-nos, Senhor, qual foi
que escolheste’. A sorte recaiu em Matias. É conveniente saber que, antes
de fazer parte do reduzido grupo dos apóstolos, reunidos à espera de
Pentecostes, o escolhido seguiu Jesus desde o começo de sua vida
pública, em meio ao grupo dos discípulos cujo número aumentava, e dia após
dia foi testemunha da ressurreição. Depois da descida do Espírito Santo,
igualmente para o apóstolo Matias teve início a missão de pregar o Evangelho na
Judeia. Mas desde esse momento não houve mais notícias a seu respeito. A
tradição faz chegar até nós a imagem de um ancião que segura uma alabarda –
símbolo de seu martírio. Mas não é certo que tenha morrido mártir, assim como
não se pode comprovar que haja morrido em Jerusalém – ou que santa Helena tenha
levado suas relíquias a Tréveris, sob a guarda da abadia que traz seu nome” (Mario Sgarbosa
– Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente –
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite