Sexta, 27 de maio de 2022

(At 18,9-18; Sl 46[47]; Jo 16,20-23) 

6ª Semana da Páscoa.

“A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a sua hora; mas, depois que a criança nasceu,

ela já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo” Jo 16,21.

“Jesus é um observador atento da vida. Sabe das dores de parto de uma mulher, suas aflições face a tantas incertezas. Sabe também de suas alegrias quando nasce o filho. Podemos usar este fato como uma metáfora para expressar o sentido das lutas humanas. Cada iniciativa preciosa tem seu tempo de gestação. Ela é concebida, acalentada no imaginário e depois, quem sabe superando os obstáculos e oposições, é posta em prática. A alegria de sua concretização é como um parto real. No fundo, cada qual deve se gerar a si mesmo. Não nascemos prontos. A vida nos é tarefa a ser cumprida cada dia. Por isso somos seres práticos, quer dizer, somos o que nossa prática fizer de nós. É no seguimento de Jesus e sob a inspiração do Espírito na história que vamos construindo nossa identidade e o que queremos ser. O próprio cosmos pode ser representado como um imenso parto. Depois de bilhões de anos de gestação, crescimento e amadurecimento todos os seres acabarão de nascer para dentro de Deus. A alegria nossa e de Deus será infinita. – Senhor, que nunca deixemos de crescer em Tua direção. Que possamos crescer juntos como irmãos e irmãs, unidos ao universo que será um dia o corpo de Tua glória. Amém (Leonardo Boff – Graças a Deus [1995] – Vozes).

  Pe. João Bosco Vieira Leite