(At 14,19-28; Sl 144[145]; Jo 14,27-31)
5ª Semana do Tempo Pascal.
“Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo.
Não se perturbe nem
se intimide o vosso coração” Jo 14,27.
“Era esta a saudação
e a despedida comuns dos judeus, seu shalom, ou desejo de paz que Jesus manteve
para com os cristãos. Quando apareceu aos apóstolos, após a ressurreição,
repetia-lhes sempre: ‘A paz esteja convosco’, saudação que a liturgia cristã
manteve. Agora, para nós, essa paz cristã, que oferecemos e desejamos,
significa a integridade do corpo, portanto, a felicidade perfeita e a
libertação colocadas pelo Messias; tudo isso Jesus nos concede, ao dar-nos a
paz. Quando um cristão deseja a paz, expressa o desejo de todos os bens para a
pessoa à qual saúde; deseja-lhe a paz que nasce da posse de Deus e da sua
graça, a tranquilidade da alma, a segurança do auxílio divino, uma paz
verdadeira que enche a alma de consolos espirituais e que comunica alegria
ainda em meio às tribulações. Quando você participar ao santo sacrifício da
Missa e chegar o momento de dar a paz aos que você tem a seu lado, faça-o com
espírito verdadeiramente evangélico; não realize esse rito de modo simplesmente
mecânico ou rotineiro; você é transmissor da paz; porém da paz de Cristo;
transmita-a com a mesma intenção e com os mesmos sentimentos de Cristo, quando
nos deu sua paz” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do
ano – Ave-Maria).
Pe. João Bosco Vieira Leite